Campinas divulgou, nesta quarta-feira (5) o balanço do Carnaval na cidade. Segundo a Prefeitura, cerca de 250 mil pessoas participaram dos eventos ao longo dos dois finais de semana de pré-Carnaval e dos cinco dias de folia oficial.
Foram 240 horas de festa, com 60 eventos e blocos, e uma programação diversificada, com os tradicionais blocos de marchinhas e samba, além de eventos específicos para roqueiros e para os pets. Neste ano, o carnaval de Campinas aconteceu mais uma vez de forma descentralizada, com sucesso nos blocos e eventos nos bairros e distritos.
Na porta de casa
O bloco “Vai Pra Cuba”, no Jardim Nova Europa, foi um dos seis blocos que encerraram o carnaval campineiro nesta terça-feira, 4. O bloco saiu da Avenida Estados Unidos e seguiu pelas ruas do bairro até chegar à Rua Cuba. Os moradores puderam curtir a festa de camarote, como o Edson Tomásio, que viu o bloco parar na porta da casa dele. “Eu tô gostando, dois anos que vêm, este é o terceiro, tá muito bem, tô gostando.” A advogada Luciana, também moradora do bairro, também aprova o carnaval descentralizado. “Eu acho maravilhoso, essa festa popular, reunir as pessoas, a alegria de todo mundo, é uma delícia. Carnaval tem que ser em todo lugar, no bairro, no Centro, nos clubes, tem de aproveitar, é uma vez no ano só, né?”
Um dos organizadores do bloco, Edh Lorran, conta que o Vai Pra Cuba surgiu para reforçar, com marchinhas e paródias, bandeiras como o casamento igualitário entre pessoas do mesmo sexo e o direito das mulheres. “A proposta do grupo é trazer a importância dos direitos humanos como elemento de preservação e uma forma também de comunicar à sociedade a importância disso, falando de diversidade, do direito das mulheres ao seu espaço e a preservação de seus direitos também.”
Impacto econômico
Segundo a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o carnaval na cidade movimentou R$ 16 milhões, impactando positivamente setores como alimentação e bebidas, turismo e vestuário, com destaque para a busca por fantasias e adereços. O segmento de bebidas e alimentação cresceu 6%, refletindo o aumento da circulação de pessoas e o consumo nos blocos de rua.
De acordo com a Setec, autarquia responsável pelo uso e ocupação do solo de Campinas, 140 ambulantes foram cadastrados para atuar temporariamente no evento e movimentaram R$ 1,5 milhão em vendas durante os dias de festa.
