Weverton, do Palmeiras, e Diego Alves, do Flamengo, não viram a cor da bola nas últimas duas partidas do Corinthians. Tanto no jogo pelo Brasileiro quanto no duelo pela Copa do Brasil, o time alvinegro não teve nem sequer uma finalização certa.
Em ambos os confrontos, o técnico recém-contratado Jair Ventura optou por armar fortes retrancas e praticamente abdicou do ataque.
Com esse comportamento, conseguiu apenas um empate por 0 a 0 com o clube rubro-negro, no embate de ida da semifinal do torneio mata-mata. Antes, havia perdido o Dérbi por 1 a 0. O Corinthians foi visitante nas duas partidas.
Embora os jogadores corintianos e o treinador tenham ficado satisfeitos com o resultado contra o Flamengo, a torcida e até ídolos do clube não engoliram a estratégia de apenas se defender.
“Isso não é retranca, não é se defender. É renunciar a jogar futebol. Aí, não dá”, afirmou Casagrande, em participação no programa “Seleção SporTV”. “Se fosse teatro ou cinema, o público iria sair e pedir o ingresso de volta. E colocar uma ação na Justiça porque pagou por um espetáculo e não viu”, disse.
A dura crítica de Casão traduz o maior desafio de Jair Ventura neste momento: fazer o Corinthians atacar.
“Tenho pouco tempo de casa, gosto de trabalhar de trás para a frente. Vamos arrumar nossa defesa e gradativamente trabalhar os outros terços para a gente criar mais”, afirmou o técnico.
A torcida, porém, não costuma ter toda essa paciência. E espera por uma melhora ofensiva no domingo, quando Jair vai fazer o seu primeiro jogo à frente do Corinthians em Itaquera, contra o Sport, rival que está na zona de degola do Brasileirão.