sábado, 23 novembro 2024

Frutas Vermelhas – As delicadas “red berries” são fortes aliadas à saúde, mas ainda custam caro

Quanto mais, melhor! 

As frutas vermelhas, conhecidas mundialmente como “red berries”, não somente agradam aos olhos e paladar, como também proporcionam inúmeros benefícios. Segundo publicações especializadas em saúde, que as consideram como “superalimentos”, são capazes de interferir no fortalecimento do organismo, prevenindo doenças; na saúde dos cabelos e das unhas; auxiliam no emagrecimento e no rejuvenescimento; além de prevenirem doenças, até mesmo os sintomas da menopausa.

A nutricionista Márcia Rosalen, proprietária do Dona Marô, restaurante de culinária saudável localizado em Americana, confirma o poder das frutas vermelhas na dieta, ricas em nutrientes.

“São ótimas opções para a alimentação, pois são ricas em vitaminas, minerais e fibras, além de antixoxidantes, cada uma com sua característica em particular. Isso, claro, se o consumo for in natura. Em forma de geleia ou suco de frutas pode ter excesso de açúcar. Já na dieta com restrição calórica, as frutas vermelhas são ideias, pois possuem baixo teor de calorias, elevada quantidade de água e bom teor de fibras”, atesta.

Também são ricas em ferro, cálcio e outros minerais que, juntos, combatem a anemia, as doenças cardíacas, o colesterol ruim, entre outras. A pectina está entre fibras presentes nas frutas vermelhas. A substância é capaz de regular o peristaltismo intestinal, fazendo os músculos digestivos trabalharem melhor, maximizando a absorção de vitaminas hidrossolúveis pelo organismo, como as vitaminas C, B1, B2, B6 e B12.

Tipos, quanto e como consumir

Morango, amora, mirtilo, framboesa, cereja, groselha, melancia, açaí, acerola, jabuticaba, goji berry, ameixa, uva e maçã são exemplos de frutas vermelhas, mas as cascas nem sempre representam a cor, podendo ser mais ou menos avermelhadas e até roxas.

Como cada fruta possui uma característica peculiar, o ideal é consumir tipos diferentes, mais de uma vez na semana. Além do consumo individual, ao natural, também podemos consumí-las em forma de salada de frutas, até mesmo em preparações salgadas, como o salpicão, orienta a nutricionista Márcia Rosalen.

“Caso seja para uma criança que não aceita as frutinhas, podemos misturar ao iogurte natural com farelo de aveia, ou servir em forma de sorvete ou suco de frutas”.

Saborosas, poderosas e caras

As frutas vermelhas estão cada vez mais disponíveis nos supermercados, mesmo as mais incomuns e importadas, mas nem sempre são acessíveis à dieta do brasileiro, por conta do preço mais caro na comparação com as frutas mais comuns.

De acordo com o pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, José Emilio Bettiol Neto, existe produção no Brasil, mas ainda insuficiente para suprir o mercado interno, sendo necessária a importação em função da espécie e época do ano.

“Dadas as características dessas espécies, principalmente em relação às exigências climáticas, os cultivos concentram-se nos estados das regiões Sul e Sudeste brasileiro. Estima-se que a área de cultivo ainda não atinja 4.500 hectares em território nacional, sendo que o morango representa cerca de 80% da área cultivada. Amora-preta, mirtilo e framboesa também compõem esse quadro, mas o cultivo é insipiente no País, apesar do grande potencial de expansão”, explica o pesquisador.

E, sem a oferta adequada à demanda, o preço das frutas vermelhas acaba sendo bem mais alto. “Por outro lado, é um incentivo para o aumento da área de produção, principalmente em momento de maior estabilidade financeira e poder de compra do consumidor”.

Mas Bettiol Neto afirma que há um grande esforço das instituições de ensino e pesquisa “no sentido de desenvolver materiais superiores e adaptados às diferentes condições de solo e clima do Brasil, assim como técnicas de manejo adequadas e eficientes para esses ambientes tão distintos”, finaliza. 

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