sábado, 20 abril 2024

Bolsonaro diz que Doria é ‘autoritário’ e que no País pandemia ‘está acabando’

Um dia depois de chamar de “lunático” o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta sexta-feira (30), que o tucano é “autoritário”.

Apesar de o aumento de casos na Europa levantar receios entre especialistas de uma segunda onda de infecções no continente, Bolsonaro disse ainda que a pandemia da Covid-19 no Brasil “está acabando”.

“Está acabando a pandemia [no Brasil]. Acho que [o Doria] quer vacinar o pessoal na marra rapidinho porque [a pandemia] vai acabar e daí ele fala: ‘acabou por causa da minha vacina’. Quem está acabando é o governo dele, com toda certeza”, disse o presidente, ao conversar com apoiadores em frente do Palácio da Alvorada.

As declarações do presidente foram transmitidas por um site bolsonarista. Bolsonaro embarcou para o Guarujá (SP), onde deve passar o fim de semana e o feriado.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a Covid-19 soma quase 5,5 milhões de casos confirmados no país, com mais de 159 mil mortes.

O presidente criticou Doria em diversas ocasiões durante a semana, principalmente pelo fato de o governador paulista ter defendido vacinação obrigatória contra o coronavírus em São Paulo.

À mais recente investida, na quinta (29), Doria respondeu e disse recomendar “ao presidente Bolsonaro parar de me atacar e começar a trabalhar”.

“Tem um governador lá [em São Paulo] um tanto quanto autoritário, que até [quer] dar vacina na marra na galera. O que eu vejo na questão da pandemia? Está indo embora, isso já aconteceu, a gente vê livros de história”, acrescentou Bolsonaro nesta sexta.

“Ele quer acelerar uma vacina agora, falou que ia vacinar os 46 milhões [de brasileiros no Estado]. [Ele] não tem autoridade para isso, no meu entender é uma arbitrariedade, não sei que adjetivo eu daria para quem, na marra, já fala em aplicar uma vacina que ninguém ainda falou que está comprovada 100% cientificamente”, disse o presidente.

O alvo de Bolsonaro é a CoronaVac, imunizante que está sendo desenvolvido por uma farmacêutica chinesa e produzido em convênio com o instituto Butantan.

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