terça-feira, 23 abril 2024

HES: vereadores pedem investigação

Cinco vereadores de Sumaré apresentaram ontem ofício de abertura de uma CAR (Comissão de Assuntos Relevantes) na Câmara para investigar o corte de verbas para o HES (Hospital Estadual Sumaré), único hospital que presta atendimento pelo SUS no município e recebe pacientes de toda a região de Campinas. O HES anunciou o fechamento de alas e a suspensão de procedimentos após ter o repasse de verbas reduzido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Devido à redução de 6,5% no repasse estadual, o sindicato que representa os funcionários do HES estima que pelo menos 100 trabalhadores devem ser demitidos. A Diretoria Executiva da área da saúde da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que administra o HES, aponta que os cortes vão impactar suspensões de pelo menos 7 mil exames, 17 mil consultas e 4,5 mil cirurgias ambulatoriais e o fechamento do serviço de oftalmologia, da enfermaria e urgência referenciada de pediatria.

O requerimento é assinado pelos vereadores Alan Leal (Patriota), André da Farmácia (PSC), Digão (DEM), Lucas Agostinho (DEM) e Pereirinha (PSC).

O objetivo é convocar dirigentes estaduais e da Unicamp para questionar o embasamento técnico do corte. A Câmara deve ouvir os responsáveis e busca reverter a situação.

O pedido de abertura da CAR deve ser analisado no retorno das atividades parlamentares pelo presidente da Câmara, Willian Souza (PT). A expectativa é de que a comissão seja instalada o mais breve possível. Além da população de Sumaré, o HES atende pacientes de Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa e Santa Bárbara.

O governo do Estado alega que a assistência à população da região de Campinas está garantida. “O Hospital Estadual de Sumaré é um Pronto Socorro referenciado e teve o perfil mantido. Haverá adequações na enfermaria pediátrica devido à ociosidade – a ocupação chegou a atingir somente 45% na enfermaria, com demanda predominante de média complexidade que pode ser absorvida pela rede primária, com possibilidade de ampliação pelas prefeituras. As UTIs pediátrica e neonatal serão mantidas”, informou o estado na semana passada.

O governo do estado também é questionado sobre os cortes pelo Ministério Público em Sumaré. Segundo o governo, o Departamento Regional de Saúde de Campinas não foi notificado até o momento, “mas está à disposição do Ministério Público e dos parlamentares para esclarecimentos”.

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