quinta-feira, 25 abril 2024

Pronto-Socorro dobra estrutura após 10 anos e gastos de R$ 65 mi

As obras se arrastaram por mais de uma década. Houve paralisações e retomadas. E uma guerra política, com direito a promessas, discursos inflamados, denúncias, troca de farpas. No meio da briga toda, o povo sofria em macas no corredor e na recepção acanhada.

Agora, dez anos depois – e investimentos que superam a casa dos R$ 65 milhões – o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi está ganhando um novo e revitalizado Pronto-Socorro, que recebe as últimas peças do novo mobiliário, para ser inaugurado nas próximas semanas. O tamanho do PS é o dobro do atual, e as novas dependências são referência em modernidade.

O hospital entra em um novo patamar. O acabamento é de primeira: pé direito alto, ar condicionado, iluminação de LED, porcelanato no piso das áreas frias, mantas vinílicas, leitos modernos, sanitários em todos os setores. E equipamentos médicos de última geração.

POLÊMICAS

As obras do novo anexo começaram em 2009, foram interrompidas em 2011 e 2012, retomadas em 2013 e paralisadas novamente em 2015. Depois de três anos, foram reiniciadas outra vez, em janeiro de 2018. Uma saga com direito até a Comissão Especial de Inquérito, que apurou denúncias de superfaturamento, obras pagas e nunca executadas, desvios milionários. O

presidente da CEI à época, o vereador Alfredo Ondas (MDB), afirma que foram gastos mais de R$ 60 milhões, só no período anterior ao governo atual. Já na Administração atual, chegaram mais R$ 5 milhões do Governo Federal, por meio de emendas parlamentares, investidos na conclusão de obras civis e equipamentos.

CARA NOVA

O Pronto-Socorro dobrou de tamanho. Saltou de 941 para 1.769 metros quadrados. O superintendente da Fusame (Fundação de Saúde de Americana), José Carlos Marzochi, que administra o complexo, afirma que os pacientes ganham dependências confortáveis, bem mais funcionais. O secretário de Saúde, Gleberson Miano, diz que as intervenções – verdadeira revitalização do hospital – garantem atendimento digno à população.

ESTRUTURA

Na nova estrutura do Pronto-Socorro, há leitos de observação, quatro leitos na emergência e dez leitos na semi intensiva (pacientes em condições de média gravidade). A novidade são os três novos leitos para acomodação de pacientes do setor psiquiátrico. Na espera, há pelo menos 70 cadeiras. “Não existe na nossa região um Pronto-Socorro nos padrões do que nós estamos entregando à população”, disse o secretário de Saúde.

Conselho comemora a ‘humanização’

A entrega no novo Pronto Socorro garante a humanização do atendimento aos pacientes. A observação é da presidente presidente do Conselho Municipal de Saúde, Conceição Aparecida Fagionato. Ela afirma que a revitalização do hospital e a adequação do número de funcionários eram demandas antigas, que finalmente são executadas. Com as mudanças, diz, o tempo de espera será menor, e a qualidade dos serviços prestado bem maior.

A NOVA RECEPÇÃO | Painéis eletrônicos para chamadas e televisores      SORO E INALAÇÃO | Poltronas confortáveis e iluminação especial 

Avanço na estrutura faz parte dos novos projetos de governo

A conclusão das intervenções estruturais e da instalação dos equipamentos do novo Pronto- -Socorro são comemoradas pela Administração e pela comunidade. Mas a modernização do complexo hospitalar ainda certamente vai continuar na pauta dos próximos governos. Na verdade, a gleba onde foi erguido o Hospital Municipal, ainda na década de 80, possui outros 4,2 mil metros quadrados de construção que ainda não estão acabados. A área pode comportar novos setores para a prestação do serviço público à população.

O hospital, idealizado pelo ex-prefeito Waldemar Tebaldi, na época fez de Americana um polo regional de assistência médica. Pacientes chegavam das cidades vizinhas, e a estrutura disponível se tornou pequena para tanta demanda. Por conta disso, os prefeitos que se sucederam no comando do Executivo fizeram da ampliação da unidade um compromisso assumido em campanhas eleitorais.

E não faltaram projetos. Se pensou em instalar nas dependências anexas ao Municipal um novo hospital infantil, que viria a prestar os serviços de excelência que, no passado, existiam no André Luiz, complexo que funcionava ao lado do antigo Lar Escola Monteiro Lobato, na Cordenonsi. Também foi anunciado que a estrutura disponível seria capaz de comportar um atendimento especial a pessoas idosas.

É certo que a atual Administração não vai ter tempo, nem recursos, para a implantar novos serviços. Mas é certo que a saúde, essencial e estratégica, vai continuar fazendo parte dos planos de governo, alimentando discussões e polêmicas.

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