terça-feira, 23 abril 2024

Com o celular furtado, homem acumula R$ 143 mil de prejuízo em operações bancárias feitas por criminosos

Situação foi resolvida apenas quando o caso viralizou nas redes sociais, até então Bruno de Paula não tinha recebido suporte das empresas envolvidas

Com o aparelho destravado, os criminosos reviraram todas as contas pessoais dele (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O agente de talentos Bruno De Paula, de 36 anos, teve o celular roubado em um semáforo da Zona Norte de São Paulo em 29 de abril e viveu, a partir daí, uma história de terror que tirou o sono dele e viralizou nas redes sociais nesta sexta-feira (6).

Após uma viagem de três semanas em Barcelona, na Espanha, ele usava o aparelho dentro de um táxi quando foi vítima do furto. Com o aparelho destravado, os criminosos reviraram todas as contas pessoais dele, realizando operações bancárias que totalizaram mais de R$ 143 mil de prejuízo.

O desespero maior, segundo ele, é que parte dos recursos foi movimentada quando as instituições financeiras responsáveis pelos serviços já haviam sido notificadas do roubo.

“Eu estava com um celular que meu pai havia me doado porque o meu estava ruim. Quando cheguei em casa, peguei o celular antigo e comecei a checar as contas e vi que já tinham me roubado R$ 27 mil de uma das contas. Fiquei desesperado e, junto com a minha namorada, começamos a ligar para a Claro, o Nubank e o Banco do Brasil. Depois de 11 horas de voo e jet leg, fui dormir chateado com a perda do dinheiro, mas crendo que o problema pararia por aí. Mas, no sábado de manhã, comecei a receber notificações de outras operações sendo feitas”, contou.

Uma vez que tiveram acesso ao celular, os falsários haviam mudado todas as senhas de Bruno em contas como Gmail, iCloud e aplicativos de entregas de comida. Com o número da linha em mãos, também burlaram os sistemas dos bancos, realizando operações bancárias e resgatando investimentos de curto prazo.

“O meu desespero foi que, no fim de semana inteiro, eu vi empréstimos e dinheiro saindo da minha conta e não tinha como falar com o banco, porque os canais davam sempre a resposta padrão de que o setor de fraudes estava analisando”, contou.

“Os criminosos pagaram boletos nos bancos de R$ 8 mil, R$ 9 mil, que só seriam descontados na segunda-feira. Ora, se eu já havia reportado a fraude para os bancos, porque essas operações todas não foram bloqueadas já na sexta-feira?”, questiona.

Repercussão na internet

Depois de uma semana tentando reaver os valores usurpados pelos criminosos, o agente de talentos publicou o caso no Twitter na quinta (5), contando o drama que viveu e o desespero de ainda não ter reavido o dinheiro retirado pelos criminosos.

A publicação viralizou e nesta sexta (6), Bruno De Paula disse que foi contatado pelos bancos, que deram um desfecho satisfatório para o caso.

Bruno reclama, porém, que os bancos e as chamadas “fintechs”, como o Nubank, precisam ter canais mais ágeis para atender esse tipo de demanda dos clientes vítimas de fraudes.

“A minha thread viralizou porque muita gente se viu no meu lugar. Muitas pessoas, aliás, estão vivendo o mesmo drama e escreveram isso lá nas redes sociais. Para ser ouvido por um dos bancos, tive que escrever um e-mail quase implorando, e mesmo assim não tive o retorno rápido que a visibilidade da publicação no Twitter exigiu dessas empresas. É prova que algo muito errado no atendimento deles aos clientes está ocorrendo”, afirmou.

Com informações G1

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