quarta-feira, 24 abril 2024

‘Ela cometeu suicídio. Não há dúvida’, diz sobrinha de juíza encontrada morta

Segundo a sobrinha, imagens de câmera de segurança confirmam o suicídio. A Divisão de Homicídios investiga o caso 

Polícia Científica e policias civis fazem o levantamento no veículo estacionado na DH (Foto: Reprodução )

Monique Andrade, sobrinha da juíza Mônica de Oliveira encontrada morta com um tiro no peito, afirmou nesta quarta-feira (18) que imagens de câmeras de segurança do prédio indicam que a magistrada cometeu suicídio. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso, que segue sob sigilo de Justiça. 

Segundo a sobrinha, o prédio onde a magistrada morava tem muitas câmeras no estacionamento, que captam vários ângulos.

“As imagens revelam ela saindo do apartamento com algumas malas. Ela caminha lentamente pelo estacionamento, até o carro. Depois se direciona para o banco do passageiro, na frente do veículo. Depois de longos minutos, ela comete suicídio. É nítido. É claro. Não há dúvida”, afirmou.

Monique, que também é advogada, confirmou que a arma utilizada era do juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, marido de Mônica.

“Ela se utilizou de uma arma que o esposo dela possui e que sempre está dentro do carro, no porta-luvas”, disse.

De acordo com a sobrinha, a juíza fazia acompanhamento psicológico e uso de algumas medicações.

“Ela era uma pessoa extremamente normal, extremamente calma, exercendo a profissão dignamente, exercia seu papel de mãe dignamente e de irmã. Ela devia estar sofrendo e não conseguia se abrir com ninguém”, relatou.

O corpo de Mônica de Oliveira deve sair de Belém às 17h desta quarta e, ainda segundo a sobrinha, o enterro será em Barra de Santana, na Paraíba, local de nascimento dela.

Velório

O corpo da juíza Mônica de Oliveira foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) por volta das 4h desta quarta-feira (18) e começou a ser velado em uma capela. Também haverá um velório na Paraíba, com familiares e amigos.

A magistrada foi encontrada morta com tiro no peito dentro do carro. O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior entrou no veículo, onde estava o corpo da juíza, e dirigiu até a delegacia. Ele afirmou que a morte foi suicídio em um “momento de fraqueza”. 

A Polícia Civil do Pará não deu detalhes, mas informou que realizou diligências, como o registro da ocorrência e a requisição de perícias, “dentro das suas atribuições legais”, e afirmou que já encaminhou o caso para o Poder Judiciário.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) divulgou uma nota informando que o promotor de justiça Luiz Márcio Cypriano, da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial de Belém (PJCEAP), vai acompanhará o inquérito policial instaurado para apurar o caso.

O promotor foi designado pelo Procurador-Geral de Justiça, Cesar Mattar Jr., ainda na terça-feira (17).

A Associação dos Magistrados do Pará (Amepa) lamentou a morte da juíza e disse que ela atuava na 38ª Zona Eleitoral de Martins, no estado do Rio Grande do Norte.

Em nota, a Amepa ainda pontua que o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, esposo da juíza e quem levou o corpo até a Divisão de Homicídios, é associado da entidade.

“Ao mesmo tempo em que aguarda o isento e total esclarecimento dos fatos pelas autoridades competentes, a Amepa apresenta sinceras condolências ao associado e aos familiares e amigos da falecida”, afirma.

Com informações G1.

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