quinta-feira, 25 abril 2024

GIRO 19/06/2022

 Planalto • Manuela • Ex conselheiros

Petrobras | CPI sinalizar interferência do governo (Foto: DIvulgação)

Planalto se une à Câmara para retaliar Petrobras após reajuste

O novo reajuste no preço dos combustíveis anunciado nesta sexta-feira (17) pela Petrobras encurralou o governo e a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), que vê no avanço da inflação o principal obstáculo para o seu projeto de reeleição em outubro. Pouco depois do anúncio da companhia, Bolsonaro e aliados dispararam ameaças de retaliação contra a empresa, seu presidente, José Mauro Ferreira Coelho, e os demais executivos -entre elas a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigá-los. 

Manuela diz que deixa eleição por ataques e racha político

A ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PC do B) diz que, sendo candidata ou não, os ataques a ela e à sua família são permanentes e que sua decisão de não disputar cargo neste ano resulta de uma combinação: as ameaças e a desunião da esquerda no Rio Grande do Sul. Cotada para tentar uma vaga no Senado, ela, que foi vice de Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial de 2018 e chegou ao segundo turno da eleição para a Prefeitura de Porto Alegre em 2020, afirma que a divisão do campo progressista na eleição do estado é duplamente prejudicial. “A unidade é importante para garantir competitividade e a derrota dessas forças que tornam minha vida inviável pessoal e politicamente”, diz.

Ex-conselheiros da Petrobras dizem que CPI afastaria investidores

Ex-conselheiros da Petrobras afirmam que a abertura de uma CPI para investigar a diretoria da estatal geraria insegurança, afugentaria investidores externos e poderia, inclusive, contribuir para paralisar a venda de refinarias.
Para um ex-integrante da cúpula da companhia, o fato de o presidente Jair Bolsonaro (PL) estimular o Congresso a abrir uma comissão de investigação já configuraria uma interferência na empresa, o que poderia ser interpretado como uma afronta à Lei das Estatais. O argumento é que, ao gerar pressão extrema sobre o comando da companhia ameaçando abrir uma CPI que pode gerar grandes perdas, o governo pode acabar por direcionar ações lá dentro, o que seria uma intervenção.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também