terça-feira, 23 abril 2024

Mais de 800 pastores assinam carta pela democracia

O manifesto, que já soma mais de 820 mil adesões, será lido em evento na quinta-feira (11), no Pátio da USP e simultaneamente em outros locais do Brasil 

Além das manifestações pró-democracia lideradas por estudantes, movimentos sociais de esquerda que organizaram atos nacionais contra Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, que será lida na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, conta com a assinatura de 871 pastores e de 467 padres, segundo levantamento feito por articuladores do documento.

O manifesto, que já soma mais de 820 mil adesões, será lido em evento na quinta-feira (11), no Pátio da instituição.

Outras categorias também aparecem em peso entre a lista de signatários -já são 129.965 professores e 20.418 empresários. Segundo organizadores do site Estado de Direito Sempre!, que coleta as assinaturas, a autenticidade das autodeclarações é conferida com dados do site da Receita Federal.

A presença de empregados domésticos, por outro lado, é tímida: 207 deles subscrevem a carta.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a iniciativa tem um número expressivo de representantes da base da pirâmide social.

Até as 15h desta terça-feira (9), haviam colocado seu nome no site criado para o evento 9.627 desempregados, 6.876 policiais, 4.262 motoristas e 897 porteiros. Para os articuladores do manifesto, os dados mostram que o movimento está longe de ser elitista.

A forte adesão à carta em defesa da democracia tem impulsionado a organização de centenas de atos em todo o Brasil para que sejam respeitadas as decisões das urnas nas eleições de outubro, como mostrou o jornal Folha de S.Paulo.

Parte das manifestações acontecerá na manhã de quinta-feira, de forma simultânea à leitura do manifesto na Faculdade de Direito da USP.

Os atos são estimulados pelo comitê organizador do evento na região central de São Paulo e estão marcados em dezenas de faculdades de direito, associações e escolas espalhadas pelas cinco regiões do país.

Além das manifestações pró-democracia lideradas por estudantes, movimentos sociais de esquerda que organizaram atos nacionais contra Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos decidiram passar para quinta a retomada das manifestações de rua. Inicialmente, a data era 6 de agosto.

A mudança foi feita para coincidir com a data de divulgação de manifestos contra ataques que o presidente tem feito às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.

Até dia 11, os organizadores do manifesto que surgiu a partir de ideia de ex-alunos do largo de São Francisco esperam ultrapassar a marca de um milhão de assinaturas em apoio à democracia e à lisura do processo eleitoral brasileiro.

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