Produto representa apenas 6% da energia consumida no país nórdico, mas a maior parte dele vem de Moscou
A gigante estatal russa Gazprom comunicou à Finlândia que cortará o fornecimento de gás natural ao país a partir de sábado (21), informou a finlandesa Gasum nesta sexta-feira (20). O motivo é a negativa de Helsinque em pagar em rublos pelo gás, como exige a estatal russa. O presidente da Gasum, Mika Wiljanen, em nota, descreveu como lamentável a decisão. “De todos os modos, nos preparamos cuidadosamente para essa situação e não teremos interrupções no fornecimento de gás”, assegurou.
A Finlândia já temia o corte no fornecimento de gás, especialmente após formalizar seu pedido de ingresso na Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos EUA. Embora o gás natural represente somente de 5% a 8% da energia consumida no país, praticamente todo o gás usado na nação nórdica vem justamente da Rússia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, questionado nesta sexta sobre o assunto, disse apenas que “é evidente que ninguém entregará nada de graça”. Em abril, a Rússia já havia cortado o fornecimento de gás a Bulgária e Polônia após os dois países se recusarem a pagar em rublos pelo combustível.
‘INFERNO’
A batalha pelo Donbass, a região leste da Ucrânia cujo controle é um dos objetivos declarados da Rússia na invasão do vizinho, está em um ponto de inflexão. Diferentemente do que vinha sendo propagandeado por Kiev e pelo Ocidente, o momento parece ser mais favorável às forças de Vladimir Putin.
Na noite de quinta (19), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, sinalizou concordar. Ele afirmou que os russos transformaram o Donbass em um “inferno” e que a situação na região é bastante grave. O governo da parte de Lugansk ainda sob controle ucraniano afirmou que 11 mil edifícios em todo o leste foram destruídos nas últimas semanas. “No Donbass, os ocupantes estão tentando aumentar a pressão. Está um inferno, e isso não é um exagero”, afirmou.