quarta-feira, 24 abril 2024

Caminhoneiros encerram bloqueios em trechos da Dutra

Os bloqueios de caminhoneiros em dois trechos da rodovia Presidente Dutra iniciados na manhã desta segunda-feira (10) foram encerrados, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Os trechos fechados pelos manifestantes eram nos municípios de Barra Mansa e Porto Real, ambos no estado do Rio de Janeiro.

Em Barra Mansa, a manifestação havia começado por volta de 5h25 no km 274 da via, e veículos de carga eram obrigados a retornar no sentido de São Paulo, provocando aglomeração sobre a pista e com alguns veículos retidos, segundo a polícia. Em Porto Real, a interdição foi no km 290, informou a PRF.

Em Pindamonhangaba (SP), no km 92, tanto no sentido Rio, quanto no sentido São Paulo, houve manifestantes parados, mas estavam em postos de serviços e pelo acostamento, sem interromper o tráfego. Às 11h, contudo, os caminhoneiros tinham deixado o local.

Os protestos ocorreram após o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), conceder na semana passada liminar impedindo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) de multar transportadores que não seguirem os fretes rodoviários mínimos.

O tabelamento de fretes foi uma das medidas adotadas pelo governo na esteira da histórica greve de maio, que afetou a economia do país como um todo. O setor empresarial considera a tabela como inconstitucional.

Ainda na semana passada, a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) afirmou que poderia ficar mais difícil evitar uma nova paralisação da categoria após liminar do STF.

Em Santos, um grupo de manifestantes se reuniu às 3h30 desta segunda na rotatória que dá acesso ao porto da cidade. De acordo com a assessoria de imprensa do Porto de Santos, os protestos se encerraram às 7h20, não chegando a afetar o fluxo de cargas.

REUNIÃO NO DOMINGO
Apesar do movimento desta segunda, no domingo (9), em reunião comandada por Wallace Landin, conhecido como Chorão e um dos principais representantes do setor, líderes do movimento decidiram não aderir a uma eventual nova paralisação da categoria.

Em reunião em Catalão (GO), houve consenso de que este não era o melhor momento para uma nova paralisação. Ao grupo, Chorão disse que a decisão não cabia a ele, e sim a todos os presentes.

Entre os motivos apontados pelos participantes para não parar agora, estão a promessa de que a AGU (Advocacia-Geral da União) entrará com recurso contra a liminar de Fux e a iminente posse do governo de Jair Bolsonaro (PSL), do qual esperam boa vontade.

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