sexta-feira, 19 abril 2024

Equipe define comandos de bancos e Ipea

A equipe econômica do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, definiu os nomes para presidir o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Ontem, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou uma nota confirmando a indicação dos três nomes.

Para o Banco do Brasil, foi escolhido o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rubem de Freitas Novaes, que é doutor em economia pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, a mesma instituição em que Paulo Guedes concluiu seu doutorado. Novaes também já foi diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), professor da Fundação Getúlio Vargas e presidente do Sebrae.

A Caixa Econômica Federal será presidida pelo economista Pedro Guimarães. Ele é PhD em Economia pela Universidade de Rochester, com especialização em privatizações, tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, com passagem por diversas instituições – como banco Bozano, Simonsen, banco BTG Pacutal e banco Brasil Plural.

Já o Ipea será comandado por Carlos Von Doellinger, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que integra a equipe de transição de governo. Pesquisador aposentado do Ipea e economista da UFRJ, von Doellinger foi Secretário do Tesouro Nacional e presidiu o Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).

BNDES
O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, informou ontem que a transição para a nova gestão de Joaquim Levy – já confirmado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar a instituição – está “tranquila” e que “em breve” deve ocorrer uma reunião presencial.

Sobre a possibilidade de ocupar um cargo no novo governo, ele se limitou a dizer que é especialista em gestão pública e ocupa função de servidor de carreira. “É o máximo que posso dizer”. Dyogo Oliveira participou do evento Almoço do Empresário, na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Novaes: ‘privatizar o que for possível’
O economista Rubem de Freitas Novaes, indicado para a presidência do Banco do Brasil no governo de Jair Bolsonaro, ontem que a orientação da próxima gestão será a busca por eficiência, o enxugamento e a privatização de ativos da instituição. Ele disse ter recebido essas recomendações diretamente do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e do próprio presidente eleito.

“A orientação é eficiência, enxugamento e privatização do que for possível. Vamos buscar bons resultados e tornar o banco cada vez mais competitivo, mas de uma maneira enxuta”, afirmou.

Novaes descartou, por enquanto, a possibilidade de privatização total do banco. Perguntado sobre quais braços de atuação do banco poderiam ser negociados, ele evitou adiantar o que tem em mente. “Isso está muito prematuro para eu detalhar. Primeiro, preciso tomar ciência da situação do banco, das pessoas que estão lá, pensar na formação da equipe”, disse.

“[Vamos] procurar fazer operações que mobilizem o mercado de capitais, com o máximo de transparência possível”, afirmou.

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