quarta-feira, 24 abril 2024

Juan Guaidó se autoproclama presidente interino da Venezuela

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente durante uma manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas para protestar contra o ditador Nicolás Maduro.

Os governos do Brasil, Estados Unidos e outros oito países reconheceram nesta quarta-feira (23) a medida.

Guaidó jurou encarregar-se do poder Executivo da Venezuela, sendo muito aplaudido por manifestantes que foram às ruas nesta quarta-feira (23) para um protesto massivo pedindo a saída do ditador Nicolás Maduro.

Em Chacao, o presidente da Assembleia Legislativa venezuelana afirmou: “Sabemos que isso vai ter consequências. Mas não vamos permitir que se desinfle esse movimento de esperança, que seguirá ainda por dias, semanas ou meses, e por isso peço a todos os venezuelanos que juremos como irmãos que não descansaremos até alcançar a liberdade”.

Guaidó já havia se declarado presidente interino em 11 de janeiro, um dia após o o ditador Nicolás Maduro tomar posse para iniciar um novo mandato.

No palco em Caracas nesta quarta, ele anunciou que, no próximo fim de semana, será apresentado o plano de anistia e o programa para a transição que se daria caso seja possível remover Nicolás Maduro do cargo ou que este renuncie.

Contou que a Assembleia Nacional esteve trabalhando nesse projeto nos últimos dias, disse que contava com o apoio do “chavismo dissidente” e que não haveria perseguição num momento “de união para o bem de nosso país”.

Afirmou que no próximo domingo, a Venezuela seria já um outro país e pediu que todos o acompanhassem cantando o hino nacional, que começou então a ser executado.

APOIO
“O Brasil decidiu reconhecer Juan Guaidó presidente da Venezuela e dará todo o apoio à transição democrática”, declarou o presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça.

No total, seis países reconheceram conjuntamente Guaidó como presidente interino da Venezuela: Brasil, Canadá, Peru, Equador, Colômbia e Costa Rica, além dos EUA, que já tinha feito isso mais cedo.

Posteriormente, os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, da Argentina, Mauricio Macri, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, também reconheceram o deputado como novo mandatário.

Em comunicado, o presidente americano Donald Trump afirmou que usará “todo o peso do poder econômico e diplomático dos Estados Unidos para pressionar pelo restabelecimento da democracia venezuelana”.

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, também divulgou mensagem de reconhecimento a Guaidó. “Tem todo nosso reconhecimento para impulsionar o retorno do país à democracia”, postou.

Apesar do apoio no exterior, a Assembleia Nacional, de maioria opositora, na prática não tem força para impor o nome de Guaidó ao regime. Em 2017, Maduro repassou a maior parte dos poderes da Casa para a Constituinte, formada exclusivamente por chavistas.

 
 

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