sábado, 20 abril 2024

Mortes no trânsito caem em SP durante quarentena, mas sobem no acumulado do ano

As mortes no trânsito no estado de São Paulo caíram 31% na última semana de março, depois que o estado entrou oficialmente em quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus, em relação ao mesmo período no ano passado. 

Isso ajudou a minimizar, mas ainda assim houve mais mortes no acumulado dos três primeiros meses do ano do que em período igual do ano passado, interrompendo tendência de queda que vinha desde 2015. 

Os dados são do Infosiga, sistema de monitoramento de mortes no trânsito do governo estadual, e só mostram o mês de março. Os dados de abril, que representarão um período maior da quarentena, estarão no próximo balanço, a ser publicado no fim de maio. 

Entre os dias 24, dia em que o governador João Doria mandou baixar as portas do comércio e instituiu a quarentena no estado, e 31 de março, 68 pessoas morreram em acidentes de trânsito em vias do estado. No mesmo período do ano passado, foram 99. 

O principal motivo da redução é a queda no volume de veículos em circulação. Só na capital, na última semana de março houve queda de 88% no trânsito em comparação com o começo de março, de acordo com dados do aplicativo Waze monitorados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). 

A queda no período é benéfica para a situação dos hospitais, que precisam de leitos disponíveis para atender às vítimas da pandemia. Em tempos normais, levantamentos apontam que mais da metade das vagas em UTIs são ocupadas por vítimas de acidentes de trânsito. 

No entanto, somando de janeiro há março, já morreram 1.245 pessoas nas vias de todo o estado em 2020. No ano passado, foram 1.206. As mortes no trânsito vinham caindo em SP desde o começo do monitoramento do Infosiga, em 2015. 

Do total do estado, 448 pessoas morreram em colisões, e 338 em atropelamentos. A maior parte das vítimas tem entre 18 e 24 anos e são motociclistas e pedestres. 

Na capital, foram 212 mortes até agora, de janeiro a março, pouco menos que as 215 mortes no ano passado. No período de quarentena, porém, foram 23 neste ano, contra 33 em 2019. Pedestres são proporcionalmente mais vítimas do que motociclistas. 

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