As medidas para evitar a aglomeração de pessoas e a propagação do novo coronavírus estão mudando a rotina de cemitérios por todo país. No Rio de Janeiro, onde já 21 cemitérios, e em Belo Horizonte (MG), diversas ações preventivas e protocolos sanitários passaram a ser adotados – entre eles o uso de EPIs (equipamentos de proteção individua) e caixões lacrados, com limitação da presença de pessoas no sepultamento.
Na Capital fluminense, por exemplo, depois de constatada a morte, o corpo é levado diretamente do hospital para o cemitério – uma vez que o preparo, chamado de tanatopraxia, não deve ser feito na unidade hospitalar. Os corpos devem ser entregues envoltos em plástico preto. No cemitério, o agente funerário deve lacrar os caixões. O velório deve ocorrer a céu aberto, sem capela. Depois dessa etapa, o caixão deve seguir direto para a sepultura ou crematório.
No Rio, técnicos de segurança do trabalho fizeram treinamentos com empregados de todos os cemitérios. Foram confeccionados cartilhas e folhetos tanto para os empregados quanto para os visitantes. O álcool em gel está disponível nos escritórios dos cemitérios e nos locais de maior circulação de pessoas. Além disso, todos os empregados foram orientados a usar touca/gorro, óculos, máscara, avental e luvas.
Funcionários responsáveis pelos enterros nos quatro cemitérios municipais da capital estão usando equipamentos de proteção contra o coronavírus.
Fundação Municipal de Parques explicou que a medida é necessária porque nem sempre o atestado de óbito indica se há suspeita de Covid-19. O conjunto de proteção é composto por um macacão e um protetor facial.
Os cemitérios permitem que um pequeno grupo acompanhe os enterros e sugerem que as pessoas utilizem máscaras e álcool em gel, além de manter distância uma das outras e não encostar nos caixões durante os sepultamentos.
Já os velórios estão suspensos nos cemitérios municipais.
Minas Gerais tem três mortes causadas pelo coronavírus confirmadas, sendo dois moradores da capital mineira.