sábado, 20 abril 2024

Presidente do BB defendeu controle de natalidade de famílias carentes para conter gasto social e policial

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, defendeu que o Estado criasse um programa de incentivo à contenção voluntária da natalidade para famílias carentes, pois isso reduziria futuros gastos sociais e policiais. Na palestra de 2017 “A Demografia Perversa”, o economista afirmou que dificuldades na infância geram desvantagens que o Estado, por meio da educação, dificilmente conseguiria superar.

“Quando uma família dá vida a crianças que serão abandonadas, está impondo um ônus à toda a sociedade que arcará, em última análise, com as consequências indesejadas de seus atos. Estas ‘externalidades negativas’ justificam a adoção de um amplo programa de incentivos à contenção voluntária da natalidade, direcionado para segmentos fortemente carentes da população, visando à universalização das possibilidades de planejamento familiar”, disse Novaes na ocasião.

A palestra, que tinha como plateia membros do conselho técnico da CNC (Confederação Nacional do Comércio), tem seu conteúdo disponível no site do Instituto Liberal, do qual Novaes é colunista, e foi divulgada pelo site Diário do Centro do Mundo. O economista afirmou que o investimento traria ganhos inclusive financeiros para o estado: “Qualquer gasto nesta área será sobejamente superado pela economia que se fará com despesas sociais ou policiais futuras.”

A contenção da natalidade seria uma resposta ao problema da má nutrição e da ausência de estímulos mentais adequados durante os primeiros anos de vida de crianças nascidas em lares desestruturados. Essas questões, segundo Novaes, teriam impactos no bom desempenho escolar. “Ora, é nos primeiros estágios de vida que se formam os neurônios. Má nutrição e/ou ausência de estímulos mentais adequados durante os primeiros estágios de vida geram ‘handicaps’ cognitivos que tornam quase impossível o desempenho escolar satisfatório dos jovens, mais adiante.”

Em sua fala, Novaes apontou que mulheres com maior nível educacional tendem a ter uma taxa de natalidade menor do que as que possuem menor formação. Por isso, lamentou o encolhimento da elite educada em relação à fatia da população para a qual faltariam condições para oferecer acesso adequado à educação. “A dura realidade é que uma elite em termos de educação lato sensu está encolhendo e ficando cada vez mais em minoria, diante de uma população que só cresce onde as condições de apoio familiar para a formação das crianças são tremendamente precárias.”

GÊNERO E ETNIA

Na introdução de sua apresentação, Novaes disse que o pensamento científico tem se curvado à ditadura do politicamente correto. Segundo Novaes, reconhecer aptidões dos diferentes grupos, mesmo que estando embasado cientificamente, passou a ser pecado imperdoável. Ele afirmou que as pessoas são diferentes dependendo de gênero, etnia, origem social e nacionalidade.

Contrariando essa suposta censura, ele disse, por exemplo, que homens teriam maior aptidão para ciências exatas, enquanto mulheres seriam mais propensas às ciências sociais, citando dados sobre matrículas em cursos por gênero que mostram maior participação de homens no primeiro grupo e mulheres no segundo. Também haveria maior predisposição de judeus para o sucesso em uma série de atividades.

“Eu mesmo, no que estou acompanhado por muitos que se interessam pelas concessões do Prêmio Nobel e outros prêmios de academias, sou obrigado a me curvar ao fato de que judeus demonstram superior desempenho nas finanças, nas ciências exatas, na medicina, na economia e nas artes.” O presidente do Banco do Brasil também apontou o que seriam prejuízos causados por fluxos migratórios para determinadas nações.

Nesse sentido, criticou uma perda dos valores judaico-cristãos que, para ele, seria resultante dos fluxos de imigrantes muçulmanos para a Europa, apontando que a suposta superioridade cultural do continente poderia ser deturpada pela maior taxa de natalidade dos imigrantes muçulmanos.

“Acontece que as novas gerações de islâmicos, bem como um expressivo contingente dos novos imigrantes, não se dispõem mais a se ajustar à cultura e às instituições locais. E assim formam um exército de jovens precariamente educados e inadaptados a um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo, sem perspectiva, portanto, de dias melhores adiante.”

Segundo Novaes, os filhos dos imigrantes, alijados da sociedade e vivendo de esmolas do Estado, seriam presa fácil para organizações políticas e religiosas radicais.” O Banco do Brasil não comentou o teor da palestra.

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