quarta-feira, 24 abril 2024

Americana e Santa Bárbara entre mais pacíficas do país

Americana e Santa Bárbara d’Oeste estão entre as 20 cidades “mais pacíficas do país”. Pelo menos é o que conclui o “Atlas da Violência – Retrato dos Municípios Brasileiros 2019”, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que utilizou como critério para o ranking as estatísticas de homicídios em 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. 

De acordo com o estudo, elaborado em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado no início da semana, Americana é a 9ª cidade com a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil, e Santa Bárbara d’Oeste a 20ª (dividindo a posição com a cidade paulista de Sertãozinho). 

O “Atlas da Violência” apresenta relatórios baseados em dados registrados até 2017 e considera a soma do total de óbitos por agressão, aqueles causados por intervenção legal (das forças policiais) e o número de homicídios ocultos (com intenção indeterminada). 

À época com 233.868 moradores, Americana registrou 18 assassinatos, o que correspondeu a uma taxa estimada de 7,7 de homicídios por 100 mil habitantes em 2017. Santa Bárbara d’Oeste foi palco de 16 homicídios no mesmo ano, quando 191.889 pessoas viviam na cidade – o que resultou em uma taxa estimada de 8,5 homicídios por 100 mil habitantes. 

Entre os 20 municípios menos violentos do Brasil, segundo o critério de homicídios, 14 são do Estado de São Paulo: Jaú, Indaiatuba, Valinhos, Jundiaí, Limeira, Bragança Paulista, Santos, Araraquara, São Caetano, Mogi das Cruzes, Itatiba, Catanduva e Sertãozinho (empatado com Santa Bárbara D’oeste), além de Americana. 

A cidade mais violenta do Brasil, com mais de 100 mil habitantes, é Maracanaú, no Ceará. Em segundo lugar está Altamira, no Pará, seguida de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Dos 20 mais violentos, 18 estão no Norte e Nordeste do País. 

 

AS 20 CIDADES MAIS PACÍFICAS DO PAÍS  

1º Jaú (SP)                                                 11º Santos (SP) 

2º Indaiatuba (SP)                                      12º  Araxá (MG) 

3º Valinhos (SP)                                         13º Araraquara (SP) 

4º Jaraguá do Sul (SC)                              14º São Caetano do Sul (SP) 

5º Brusque (SC)                                         15º Tubarão (SC) 

6º Jundiaí (SP)                                           16º Mogi das Cruzes 

7º Passos (SP)                                           17º Itatiba (SP) 

8º Limeira (SP)                                           18º Varginha (MG) 

9º Americana                                             19º Catanduva (SP) 

10º Bragança Paulista (SP)                        20º Sertãozinho / Santa Bárbara 

 

INTEGRAÇÃO DAS FORÇAS POLICIAIS AJUDA 

Tanto a PM (Polícia Militar) como as prefeituras de Americana e de Santa Bárbara d’Oeste creditaram ontem o resultado da pesquisa do Ipea à integração das forças de segurança pública nos municípios. 

O comandante do 19º BPM-I (Batalhão da Polícia Militar do Estado de São Paulo-Interior), responsável pelos municípios da região, tenente-coronel Luiz Horácio Raposo Borges de Moraes, evitou comentar os números do Ipea, que não utiliza como fonte dos dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública). No entanto, ele justificou o resultado da pesquisa pela união entre as forças de segurança. “É sempre gratificante saber que as duas maiores cidades da área do 19º Batalhão se encontram neste patamar de segurança. Eu não era o comandante à época, era o tenente-coronel (Mauro) Luchiari (Júnior), mas boa parte da equipe dele continua com a gente e o serviço tem tido continuidade”, destacou. 

A proximidade com a Polícia Civil e a Gama (Guarda Municipal de Americana) também foi apontada pelo militar como explicação para os resultados. “Essa troca de informações e alinhamento que temos facilita muito o trabalho”, garantiu. 

O comandante da Gama, Marcos Guilherme, enfatizou ainda que os índices são reflexo das condições socioeconômicas da população, especialmente de Americana, e das respostas imediatas às demandas da comunidade por parte das forças policiais do município. 

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