Gustavo Nardini, nascido em Americana e formado pela PUC Campinas, inaugurou, junto de mais três colegas, o Mater Lab, em São Paulo
A busca pela reprodução assistida deve passar por um crescimento nos próximos anos, é isso que explica o médico Gustavo Nardini, nascido em Americana e formado pela PUC Campinas. Em 14 de janeiro, ele e mais quatro colegas, sendo três deles médicos e um embriologista, inauguraram o Mater Lab, em São Paulo, um laboratório para realização de procedimentos reprodutivos que busca unir acolhimento e tecnologia.
O investimento para criação do laboratório foi de R$ 15 milhões, mas a expectativa é de que até o final do ano sejam realizados de 3 a 4 mil procedimentos. Atualmente, eles contam com cerca de 200 pacientes, que já realizavam tratamentos com eles na clínica Mater Prime.
Além de Nardini, o laboratório foi idealizado e criado por outros três médicos da clínica: Matheus Roque, Juliana Hatty e Rodrigo da Rosa, dono da Mater Prime.
O embriologista Rafael Portela também se juntou ao time e é sócio do Mater Lab.
Gustavo Nardini explica que a escolha de iniciar a vida reprodutiva mais tarde começou com a saída das mulheres para o mercado de trabalho durante a Revolução Industrial. Esse crescimento também é apontado em um levantamento realizado pela Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida (REDLARA) e divulgado em 2019.
A pesquisa apontou que, entre os países da América Latina, o Brasil era líder nesta técnica. O estudo também mostra que entre 2000 e 2016, a porcentagem de pacientes acima de 40 anos que procuram o tratamento duplicou.
POPULARIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
Nardini comenta que entre 2020 e 2030 deve acontecer a “Era de Ouro” para reprodução assistida. No entanto, a popularidade deste serviço não deve baratear o custo de tratamento.
Ele explica que atualmente os valores já são mais em conta do que as pessoas pensam. “Antigamente, as pessoas vendiam o carro para pagar porque não era acessível”, detalha Nardini. Ele alerta que os pacientes devem ficar atentos com laboratórios que oferecem serviços a baixo custo.
“O custo para reprodução in vitro é alto e pode se desconfiar de laboratórios que cobram muito pouco. Eles provavelmente estão pecando em equipamentos ou em materiais. Se torna inviável baratear tanto”, afirma o médico.
Segundo ele, em média um congelamento custa cerca de R$ 15 mil e a fertilização pode sair entre R$ 20 e R$ 30 mil, considerando os valores de marcado. A partir do congelamento existe também a anuidade, que é mais em conta e fica por aproximadamente R$ 1 mil por ano.
O Mater Lab está localizado no mesmo endereço da Mater Prime, na Avenida Ibirapuera, n° 2315, no bairro Moema, em São Paulo.