Após mais de um ano de atraso, reforma é concluída e o prédio que faz parte do patrimônio histórico da cidade finalmente é liberado no Centro
Descerramento da placa de inauguração do restauro da Estação Cultura na manhã desta terça-feira em Americana (Foto: Marilia Pierre/Prefeitura de Americana)
A Prefeitura de Americana entregou na manhã desta terça-feira (30) as obras de restauro da antiga estação ferroviária da cidade, patrimônio histórico da cidade, inaugurado em 1875 com a presença do imperador Dom Pedro II, e que hoje abriga um centro cultural denominado Estação Cultura, no Centro. Financiada pela Rumo Logística, concessionária da malha ferroviária, ao custo de aproximadamente R$ 800 mil, a restauração foi iniciada em dezembro de 2019 com previsão de ser concluída em oito meses, mas atrasou mais de um ano, segundo a prefeitura em decorrência da pandemia de Covid-19.
Com a presença do prefeito Chico Sardelli (PV), do vice-prefeito, Odir Demarchi (PL), secretários e vereadores, representantes da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) e empresários, o evento na manhã desta terça-feira contou com apresentação musical, esquete de teatro e declamação de poesia. Benedito Manoel Nunes Filho, que foi o último chefe de estação a trabalhar no local, também marcou presença na solenidade de inauguração.
“Tivemos a pandemia que, em alguns momentos, fez com que os trabalhos precisassem ser paralisados, e encontramos dificuldade em encontrar o material adequado, já que a tinta é importada e a cal, que ficou ‘descansando’ por seis anos até ser colocada aqui”, justificou o secretário de Cultura e Turismo, Fernando Giuliani, ao citar dificuldades de terminar a obra.
“Tivemos a pandemia que, em alguns momentos, fez com que os trabalhos precisassem ser paralisados, e encontramos dificuldade em encontrar o material adequado, já que a tinta é importada e a cal, que ficou ‘descansando’ por seis anos até ser colocada aqui”, justificou o secretário de Cultura e Turismo, Fernando Giuliani, ao citar dificuldades de terminar a obra.
Segundo a secretaria, o prédio restaurado, ao lado do Terminal Metropolitano, terá um espaço para cursos de violão e artesanato, um museu da ferrovia, uma sala para que os artesãos cadastrados na prefeitura possam expor e comercializar seus produtos, e a volta de projetos culturais, como maracatu e rock.
O prédio já passou por algumas reformas, em 2005 e 2008, mas é primeira vez que passou por uma restauração mais ampla.
O presidente do Condepham (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de Americana), Diego Bernardo, afirmou, por intermédio da prefeitura, que esse dia é bastante marcante. “O sonho do restauro começou com uma reunião no gabinete do então prefeito Omar Najar. Esse é um marco histórico, um divisor de águas, o primeiro de muitos outros prédios que pretendemos restaurar”, disse ele.
O ex-prefeito Omar Najar elogiou “o trabalho maravilhoso que foi feito e cumprimentou a todos”.
O prefeito Chico Sardelli enalteceu o trabalho. “Parte da história de Americana passa por esse local. No passado, muitos empresários despachavam suas mercadorias por aqui. Agora, o deputado federal Vanderlei Macris está em tratativas para que essa estação seja o ponto de partida de trens de passageiros até São Paulo”, afirmou, referindo-se ao projeto do Trem Intercidades, que prevê interligar a Capital a Campinas, e depois a Americana.
Chico fez questão de homenagear o último chefe de estação que trabalhou em Americana, Benedito Manoel Nunes Filho. “O senhor faz parte dessa história”. Seu Nunes, por sua vez, disse que estava muito feliz, que devia muito à ferrovia.
Inauguração contou com música e declamação de poesias na manhã desta terça-feira, em Americana (Foto: Marilia Pierre/Prefeitura de Americana)
