A Câmara de Sumaré aprovou na sessão de ontem a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com o objetivo de apurar supostas irregularidades em repasses de empréstimos realizados por servidores municipais em bancos entre os anos de 2013 e 2016. Segundo o vereador Willian de Souza (PT), que vai presidir a “CPI do Empréstimo”, existem “fortes indícios de crime de apropriação indébita e improbidade administrativa praticados durante a gestão da ex-prefeita Cristina Carrara (PSDB)”.
As denúncias recebidas pelo parlamentar apontam que a prefeitura atuava como mediadora dos servidores que faziam empréstimos consignados com os bancos, cujos valores mensais eram descontados diretamente na folha de pagamento do trabalhador. No entanto, ao invés de repassar o dinheiro para o banco na data prevista, esse processo levava até 43 dias depois da data do pagamento, segundo a assessoria de Willian.
“Começaram a haver atrasos, o que gera indícios de apropriação indébita. Ao deixar de fazer o repasse no período previsto, há evidentemente a questão de juros e multas. Esses juros e multas foram pagos pela prefeitura. Aí atinge o erário e estamos falando de improbidade administrativa”, informou a assessoria do vereador.
Haveriam ainda relatos de funcionários públicos que estão com o nome sujo por conta da situação e que, portanto, não conseguem fazer novos empréstimos. A ideia é que essas pessoas sejam chamadas para oitivas.
A CPI terá a seguinte configuração: presidente Willian Souza (PT), relator Rudinei Lobo (PRB), Prof. Edinho (REDE), João Maioral (PDT) e Ronaldo Mendes (PSDB) como membros.
O OUTRO LADO
A reportagem do TODODIA questionou a ex-prefeita de Sumaré, Cristina Carrara, ontem à noite pelo WhatsApp; esse é o meio pelo qual ela costuma atender a imprensa. No entanto, não houve retorno até o fechamento desta edição.
