O candidato a vereador Douglas Oliveira (Podemos), 28, foi vítima de atentado a tiros em sua residência, no Jardim São Bento, em Hortolândia, às 23h desta quinta-feira (1º). Nem ele e nem sua família se feriram. Ele acredita que o crime tenha tido motivação política, porque tem uma postura crítica em relação aos atuais ocupantes de cargos políticos na cidade.
Douglas, que é advogado, afirmou ao TodoDia que não estava em casa nos momentos dos disparos. Segundo ele, o ocupante de motocicleta parou na porta da residência e abriu fogo. No total foram efetuados seis disparos, que atingiram um carro na garagem, paredes, portão e janela.
“Foi sim um ato covarde que aconteceu na minha residência. Eu não estava no local no momento dos fatos. Passou lá um indivíduo armado, que deu seis disparos de arma de fogo na direção da minha família. Graças a Deus não pegou ninguém”, disse o advogado ao TodoDia.
Douglas é advogado há três anos e faz parte de comissões da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) da cidade, também é idealizador do projeto “Cidadão Fiscalizador”, criado em 2018, para fiscalizar a atuação do poder público. Acredita que foi uma represália.
“A motivação nós não sabemos se é política, a gente não tem ideia, mas pelo trabalho que a gente faz na cidade de levar a público aquilo que está errado, de alguma forma em desconformidade com o que deveria ser, isso incomoda muitos poderosos, que têm o poder na mão e não querem soltar o poder e ganham dinheiro com a máquina pública muito das vezes”, afirmou o advogado.
Ele acredita que a motivação seja política, porque não tem divergência com clientes e nem com qualquer cidadão comum, jamais se envolveu em algo semelhante. Além do que seus pais e avôs moram no bairro há mais de 40 anos.
O que faz é lamentar pelo ocorrido. “Chegar numa posição dessa. Se for realmente isso, se tiver realmente o cunho político e chegar nisso, é muito baixo. Nem um criminoso ataca família de policial ou de criminoso rival. Eles respeitam família. Então é um ato covarde o que fizeram”, afirmou.
A sorte é que não feriu ninguém. “Deus me livre que pega na minha irmãzinha de seis anos, minha avó, poderia ser fatal. A bala pegou em um ponto em que sempre minha avó fica sentada. Se pega, tinha pegado na cabeça da minha avó. Tinha matado minha avó. Então é um ato que a gente tem que repudiar. Se for político, pior a situação ainda. Que país nós estamos vivendo, em que você não pode mais se expressar?”, questionou.
A Polícia Militar foi acionada e esteve no local até a chegada de uma equipe da Polícia Técnico-cientifica, para realizar a perícia em busca de pistas que levem ao autor. Os peritos recolheram projéteis e buscaram por câmeras de segurança na rua. O caso foi registrado no plantão policial de Hortolândia onde será investigado.
Outras marcas do atentado (Foto: Divulgação)
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