A vereadora de Americana e candidata à deputada federal, Maria Giovana Fortunato (PCdoB), é contra a reeleição “infinita” no Legislativo. Em sua visão, a medida é necessária para romper com as atuais estruturas políticas do País, que levariam ao “vício” de poder que está “enraizado no sistema”.
Maria Giovana acredita que dois mandatos no Legislativo, totalizando oito anos, é tempo suficiente para que o político “concretize grande projetos, entregue o que tem que entregar e saia”. Caso queira voltar, teria que esperar quatro anos para poder concorrer.
“(O político) Está dentro do sistema, está na máquina. É jogo de poder o tempo todo. Permanecer nessa posição de poder (por tanto tempo) é danoso para a sociedade. Defendo que não haja essa reeleição infinita, com pessoas há 30 anos no poder. (…) Acho isso crucial para mexer com as estruturas políticas do País, que tem esse vício de poder. Essa corrupção acaba enraizada no sistema que domina a política”, afirmou a candidata.
O foco da campanha de Maria Giovana tem sido as cidades com o código telefônico 019. A ideia, segundo a vereadora, é estabelecer o compromisso com a região. Cerca de 20 cidades já foram visitadas.
“É muito mais fácil assumir um compromisso com várias cidades. O político acaba ficando distante e não se compromete em resolver os problemas do dia a dia. O nosso compromisso é ousado e sabíamos disso desde o início. Optamos por uma campanha nessa região 019 e temos sido muito bem recebidos. As pessoas querem que dê certo. Por isso elas cobram nossa presença nessa região e é esse o compromisso que estamos assumindo”, explicou Maria Giovana.
A campanha da candidata está concentrada em Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste e estende para a região. “Entendemos que politicamente, estando unidos, podemos melhorar muitas coisas, principalmente pensando em atendimento em saúde e serviços de transporte. É preciso ter alguém que integre as cidades da região e supere as diferenças”, afirmou.
SUS
Outro pilar da campanha da vereadora é a questão da recuperação do SUS (Sistema Único de Saúde). A candidata acredita que o sistema pode ser eficiente, mas precisa de mudanças na gestão política.
“As recentes políticas adotadas pelo governo federal para cortar despesas estão desmontando o SUS. Nos últimos dois anos a gente acompanha um sucateamento da saúde pública e quem sofre é o nosso povo. A taxa de mortalidade infantil teve aumento. A de mortalidade materna chegou a níveis no Brasil que não vemos há muito tempo. (…) A previsão é que o SUS deixe de receber R$ 400 bilhões. Isso afeta diretamente todos os setores de Saúde”, afirmou Maria Giovana.
A retomada do SUS influenciou, inclusive, para que ela disputasse como deputada federal. “Esse embate tem que ser feito no congresso nacional, onde são definidos os rumos do SUS. Por isso que acredito que, estando no Congresso, poderei trabalhar para ajudar às pessoas que estão aqui sofrendo nas filas dos hospitais públicos”, explicou.
