Pesquisa promovida pela Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) demonstra que o quilômetro rodado com GNV (Gás Natural Veicular) custa 51% a menos do que o rodado com etanol e 56% menos do que com gasolina.
O custo do quilômetro rodado com GNV no Estado de São Paulo é, em média, de R$ 0,18, enquanto que com gasolina esse mesmo trecho sai por R$ 0,41 e com etanol, R$ 0,37.
A análise foi feita com base em metodologia da Abegás, que calcula o rendimento de cada combustível a partir da média de preços apurada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e divulgada em 18 em dezembro.
Quem roda, por exemplo, 2,5 mil quilômetros por mês utilizando GNV e abastecendo em postos do Estado pode economizar, em média, R$ 570 (ante a gasolina) e R$ 466 (em relação ao etanol). Em 8 meses, o investimento na conversão do combustível se paga.
A estimativa é do empresário Valdir Farias da Silva, proprietário da única oficina de Americana homologada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para realizar este serviço.
“O valor da conversão está em torno de R$ 4,2 mil, para este sistema mais moderno, de quinta geração. Depende do tamanho do cilindro”, explicou.
Há 15 anos no mercado, ele faz a conversão em cinco a seis carros por mês – o que considera um volume pequeno. “Poderia ser mais, mas aqui em Americana não sei por quê não tem a política do gás. Em São Paulo, onde tem mais concorrência, o gás é muito mais barato. Compensa demais”, afirmou.
Farias, no entanto, tem projeções otimistas com base nos primeiros dias de trabalho em 2019. “No começo do ano, depois do 13º, muita gente começa a fazer cotações”, diz.
A tendência é observada também em nível nacional, segundo a associação. “O consumo de GNV vem subindo no País. Em nosso último levantamento, a alta foi de 15,3% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Essa curva de crescimento aumentou depois da greve dos caminhoneiros. O consumidor que converteu seu veículo sabe que o rendimento do metro cúbico de gás natural é muito superior ao dos combustíveis líquidos. E essa economia faz toda a diferença no final do mês”, afirmou Augusto Salomon, presidente executivo da Abegás.
ECONOMIA
O taxista e motorista de aplicativo Antonio Carlos de Souza Neto, conhecido como Popó, está no quarto carro a GNV. “Esse carro que tenho, quando eu andava no álcool e na gasolina, gastava de R$ 70 a R$ 80 por dia. Hoje gasto R$ 30. Compensa demais”, disse.
Recentemente, ele foi e voltou com a família para o Guarujá e abasteceu com R$ 60 de GNV. “Isso porque em Americana o GNV é mais caro. Aqui está em torno de R$ 2,39. Em Campinas é R$ 2,15 e em São Paulo, R$ 1,99. Mesmo assim compensa.”
