quinta-feira, 25 abril 2024

Vereador de Santa Bárbara d’Oeste tenta evitar capivaras em parque

Parlamentar vê risco de febre maculosa devido a carrapatos nos bichos 

PARQUE TAENE | Placa alerta sobre capivaras e carrapatos (Foto: Renato Pereira / TodoDia Imagem)

Quem frequenta o Parque Taene, em Santa Bárbara d’Oeste, está acostumado a dividir o espaço com um grupo de capivaras que passeia livremente pelo local, mas se depender de um vereador da cidade os animais não serão mais encontrados tão perto assim do público.

Nilson Araújo (PSD) protocolou na última quinta-feira (7) uma indicação ao Poder Executivo em que pede, além da dedetização do lugar, o cercamento da área de proteção ambiental do parque para isolar as capivaras.

O motivo é a presença do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, e muito comum em capivaras.

“Fomos procurados por munícipes, solicitando essa providência. Inclusive ouvimos relatos de frequentadores que dizem ter encontrado o carrapato-estrela nesse parque, principalmente em crianças. Esses cidadãos também destacam a presença de várias capivaras em áreas de acesso ao público, devido à falta de cerca isolando os animais”, afirmou o vereador.

OPINIÕES
A profissional autônoma Maria Luíza Bernardo, 34, diz que leva seu cachorro ao espaço pet do parque ao menos duas vezes na semana e, apesar dos riscos de transmissão do carrapato, é contra o afastamento das capivaras.

“Venho aqui para meu cachorro ter mais espaço para brincar e fico sim preocupada que ele possa pegar carrapato por aqui, mas não acho certo cercá-las”, comenta.

“Acredito que alguma coisa precisa ser feita para proteger os frequentadores, mas não algo que prejudique as capivaras”, opina o estudante Vinícius Nascimento, 23 anos.

Já o operador de máquinas João Paulo Fernandes, 31, leva o filho semanalmente ao Taene e concorda com a limitação de acesso dos animais.

“Não acho que elas devem ser cercadas, mas com certeza limitadas a entrar no parque. Venho aqui com o meu filho para que ele possa correr descalço, brincar na grama e fico com receio que algum carrapato pique ele e aconteça algo mais grave”, esclarece.

De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), por serem animais silvestres, as capivaras não podem ser manejadas sem autorização prévia dos órgãos competentes.

Essa não é a primeira vez que os animais geram polêmica e reclamações na cidade.

Em 2018, um surto de febre maculosa, que matou nove pessoas na vizinha Americana, preocupou os moradores do Jardim Icaraí.

Um grupo dos roedores ocupava um campo de futebol da Rua Itararé, às margens do Ribeirão dos Toledos.

Na época, a instalação de um alambrado limitando o acesso dos bichos ao campo e à área residencial foi a solução encontrada para resolver o problema. 

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