quarta-feira, 24 abril 2024

Distopias do futuro, na voz de Ignácio de Loyola Brandão

Obra transcorre em um futuro incerto no qual, ao nascerem, todos recebem tornozeleiras eletrônicas 

Imortal | Escritor é membro da Academia de Letras (Foto: Divulgação)

Contista, cronista, romancista, jornalista, premiado e homenageado em todo o país, observador do cotidiano e, agora, também narrador. O autor do romance distópico “Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela” é uma das 11 vozes do audiolivro homônimo, lançamento de junho da Tocalivros Studios.

Um dos mais importantes escritores da literatura contemporânea, imortal da Academia Brasileira de Letras, vencedor de cinco Jabutis – prêmio este que em 2021, o homenageará como Personalidade Literária do Ano – se uniu a vários atores e atrizes em uma superprodução de áudio binaural (tecnologia que simula a captação de sons pelo ouvido humano), para levar o ouvinte a uma experiência única de imersão no universo proporcionado pelo próprio Ignácio Loyola Brandão.

A obra transcorre em um futuro incerto no qual, ao nascerem, todos recebem tornozeleiras eletrônicas e são vigiados por câmeras espalhadas por todos os lugares. A terra de incertezas – que ao mesmo tempo é tão familiar – foi devastada por uma peste que se tornou uma epidemia que dissolve corpos. As escolas foram abolidas, a eutanásia foi legalizada para idosos. Ninguém governa, ministérios foram extintos, mais de mil partidos coexistem e, no meio disso tudo, acontece a história de amor entre Clara e Felipe.

“Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopre sobre ela” levou cinco meses para ficar pronto, desde a preparação do texto, da trilha e efeitos sonoros, para depois entrar em processo de mixagem. Trata-se de uma sátira política, social e moral da atualidade que traz para a ficção as turbulências do Brasil e ajuda o leitor ou ouvinte no desafio de entender as incertezas do país.

Ignácio de Loyola Brandão nasceu em Araraquara, São Paulo, em 1936. Jornalista e escritor, passou pelas redações dos periódicos brasileiros Claudia, Última Hora, Realidade, Planeta, Ciência e Vida e Vogue, e do francês Lui. Brandão tem mais de 40 livros publicados. 

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