sábado, 20 abril 2024

Missa lembra chacina na Catedral

Uma cerimônia especial marcada para a próxima quarta-feira (11), na Catedral Metropolitana de Campinas, vai homenagear as vítimas da tragédia ocorrida há um ano dentro do templo, quando um atirador matou cinco fiéis, feriu outros três e cometeu suicídio em seguida.

O incidente, que chocou a cidade, foi noticiado pelos principais órgãos de imprensa do mundo. Até o papa Francisco mandou um telegrama de condolências às famílias e pediu oração pelas almas das vítimas. A missa, marcada para 12h15 do dia 11, será celebrada pelo monsenhor Rafael Capelatto, pároco da catedral.

COMO FOI

No dia 11 de dezembro de 2018, no final da missa das 12h15, o analista de sistemas Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, usou um revólver e uma pistola para atirar nos fiéis. Ele acompanhava a celebração sentado em um dos bancos dos fundos da igreja. Se levantou, atirou em quem estava ao seu redor, e saiu andando em direção ao altar principal, efetuando mais disparos.

Foram pelo menos 20 tiros, segundo testemunhas ouvidas no dia da tragédia. Os tiros mataram quatro fiéis na hora (o quinto morreu no hospital, no dia seguinte), e feriram outras três pessoas. Policiais que circulavam pelas imediações, alertados pelo barulho dos tiros e pela correria, entraram na igreja e começaram a disparar contra o agressor. Euler, ferido por um dos tiros, caiu perto de um dos altares laterais da catedral e em seguida se matou, atirando contra a própria cabeça.

TRANSTORNOS

A ação, segundo os policiais que investigaram o caso, foi premeditada. O assassino morava com o pai em um condomínio de Valinhos. Na época, não estava trabalhando. Ele anotava em uma espécie de diário que planejava fazer “algo grande”, e se vingar de pessoas que supostamente o oprimiam. Os investigadores encontraram até vídeos gravados na casa, onde Euler se exibia com a pistola usada na chacina, como se estivesse treinando. O rapaz sofria de transtornos emocionais, pelo que se apurou.

Tinha comportamento depressivo, passava a maior parte do tempo isolado no quarto, tinha mania de perseguição e atritos frequentes com o pai e com vizinhos.

VÍTIMAS

Morreram na tragédia da catedral Sidnei Vitor Monteiro, José Eudes Gonzaga, Cristofer Gonçalves dos Santos, Elpídio Alves Coutinho e Heleno Severo Alves. Duas mulheres e um homem, feridos, foram socorridos em hospitais da cidade e liberados em seguida. Uma das mulheres feridas recebeu alta depois de permanecer internada durante um mês.

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