Anunciado ontem como novo técnico do Corinthians, Jair Ventura, 39, chega ao clube para recuperar a boa imagem construída no Botafogo e que o levou ao Santos, onde fracassou.
O treinador deve ser apresentado hoje e já estará no banco de reservas no clássico de domingo, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, pela 24ª rodada do Brasileirão.
Em 2016, Jair Ventura assumiu o Botafogo na zona de rebaixamento, em agosto, e terminou o Brasileiro em quinto lugar, levando o time à Copa Libertadores no ano seguinte.
Com um elenco modesto em relação a investimentos e nomes de peso, apostou em um estilo de futebol mais reativo, postado na defesa e que buscava os contra-ataques para chegar ao gol adversário.
Deu certo. A proposta de jogo colocada em prática fez figuras como o volante Bruno Silva e o centroavante Roger, este último atualmente no Corinthians, se destacarem.
Na Libertadores, levou o Botafogo até as quartas de final, caindo para o Grêmio, que mais adiante seria o campeão.
Jair Ventura deixou o Botafogo no fim do ano passado para assumir o Santos. Saiu do Rio com 52,6% de aproveitamento nas 95 partidas em que comandou o time (43 vitórias, 21 empates e 21 derrotas).
No clube paulista, experimentou uma nova maneira de jogar, mas que não teve sucesso. Sob a pressão de montar um time com “DNA santista”, uma espécie de selo que os torcedores e o próprio clube usam para exaltar o futebol ofensivo, o treinador tentou atender às expectativas, mas não conseguiu encontrar soluções para a falta de peças que lhe permitissem um estilo de jogo que agradasse a todos. Não soube sair das amarras da obrigação de atacar.
Eliminado na semifinal do Paulista para o Palmeiras e com o Santos na zona de rebaixamento do Brasileiro, Jair Ventura foi demitido.
Com um dos piores desempenhos entre os treinadores santistas neste século, o carioca encerrou a passagem com 44% de aproveitamento no 39 jogos.
