A procura por vacinas contra a febre amarela explodiu nas principais cidades da região. Somente em 2018, 106.315 pessoas se vacinaram contra a doença em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia, contra 82.734 em 2017.
Embora 2018 ainda não tenha terminado, a demanda pelas vacinas em alguns municípios cresceu até 183,6% nesses 11 meses do ano. É o caso de Santa Bárbara d’Oeste, onde o número de pessoas imunizadas contra a doença saltou de 7.922 em 2017 para 22.474 este ano.
Em Americana, a vacinação aumentou de 12.320 pessoas no ano passado, para 23.088 em 2018. Um crescimento estatístico de 87,4%.
Em Nova Odessa, o número de imunizados saltou de 3.074 para 7.202, o que representa um acréscimo de 134,28% de 2017 em comparação com 2018.
Sumaré, por sua vez, pulou de 10.707 pessoas vacinadas para 25.777, o que representa um crescimento de 170,7%. Apesar da alta intensa na procura, todos esses municípios informaram que têm a vacina disponível na Rede Pública de Saúde.
Na contramão das demais cidades da região, Hortolândia foi a única que registrou redução da imunização contra a doença, saindo de 48.711 doses aplicadas no ano passado, para apenas 27.774 em 2018. Uma redução de 42,9%.
DOENÇA INFECCIOSA
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
IDA AO LITORAL REQUER VACINAÇÃO 10 DIAS ANTES
Por conta de vários casos de febre amarela registrados no Litoral Paulista, inclusive com mortes, a Secretaria Estadual de Saúde aconselha a todos que vão viajar para cidades praianas e ainda não tomaram nenhuma dose da vacina, que procurem um posto médico e façam a imunização com pelo menos 10 dias de antecedência, que é o tempo de resposta imunológica.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, até 23 de outubro houve 502 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados nas cidades paulistas, e 175 acabaram em mortes.
Do total, 30,2% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 9,5% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 39,7% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.
Entre o total de casos, 14 ocorreram no Litoral Norte, dos quais cinco evoluíram para óbito – São Sebastião (três casos, com dois óbitos) e Ubatuba (11 casos com três óbitos).
Na Baixada, foram quatro casos e três óbitos – Guarujá (um doente que morreu), Itanhaém (um caso com um óbito) e Peruíbe (três casos com um óbito).
