A delegada Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, fez um alerta sobre o aumento dos golpes aplicados contra a população por causa do medo do contágio do coronavírus. Os bandidos usam telefone e as redes sociais, em especial o WhatsApp, para fazer vítimas.
“Os marginais ficam à espreita, aguardando uma situação que seja favorável à aplicação do golpe. Com a quarentena e a desinformação que ocorre na Internet pela disseminação de fake news, os estelionatários encontram o ambiente perfeito para agir, aproveitando as dúvidas das pessoas”, informou a delegada, em nota.
Em um dos golpes, o estelionatário – que muitas vezes está na cadeia – liga, se identifica como representante de hospital, pede doações, informa a conta para depósito ou se oferece para retirar o dinheiro.
Por telefone e Internet, também oferece falsa vacina contra o coronavírus, que não foi inventada ainda. A vítima preenche cadastro, passa seu número de telefone e é roubada ao abrir as portas para os falsos agentes.
Outra modalidade é de mensagem por telefone ou WhatsApp em que a vítima recebe mensagem para ganhar máscaras e álcool em gel. É direcionada para site falso e tem o celular bloqueado ao informar o número. Os estelionatários pedem dinheiro para desbloquear o aparelho.
Outro modelo de golpe é o cadastro para receber a renda cidadã que será paga pelo governo e pode chegar a R$ 1.200.
“A vítima recebe um falso e-mail ou mensagem com um link para se cadastrar e receber o dinheiro. Nesse link, são solicitados os dados pessoais e do cartão bancário, inclusive o código de segurança. Quando esses dados são informados, o cartão é clonado e as informações usadas para compras pela Internet”, cita a delegada.
A principal arma contra estelionato é a desconfiança. “Sempre desconfie”, avisa Raquel. “Quando a oferta parece tentadora, é grande a chance de ser golpe. Não compartilhe nem clique em links de cadastro ou que oferecem alguma coisa. Os estelionatários são convincentes, falam bem e são persuasivos. Lembrando que o golpe só é possível a partir das informações fornecidas pela própria vítima. Sem informação, o estelionatário não consegue nada”, enfatizou.
Outra dica da delegada é não entregar dinheiro ou transferir valores solicitados por mensagem ou ligação, não abrir links enviados por e-mail ou aplicativos de mensagens, nunca fazer download de software ou aplicativos de origem desconhecida e sempre verificar a fonte da informação.