Um empresário português apontado pela polícia como principal agenciador de negócios, na região, de uma organização criminosa, foi preso, na última quarta-feira, em um condomínio fechado do Jardim Fortaleza, em Paulínia.
A prisão levou à apreensão de nove aeronaves, além de veículos de luxo, cocaína e armas. Segundo policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), os aviões faziam parte de uma frota utilizada para transportar drogas, armas e dinheiro.
Segundo os policiais civis, a ação para prender o empresário M.C.M.L., conhecido por “Murruga”, começou na última segunda-feira (2) e foi concluída na quarta. Informações sobre as atividades de “Murruga” surgiram após a prisão de outro homem de nacionalidade portuguesa, ocorrida em agosto, considerado importante integrante do crime organizado, D.G.L., o “Décio Português”.
As investigações revelaram que “Murruga” também estava envolvido no esquema e, a princípio ele aparecia como doleiro. O homem preso em Paulínia, devido ao seu conhecimento em compra e venda de dinheiro, passou a gerenciar as ações, resolvendo principalmente problemas de logística e lavagem de dinheiro.
Segundo o Deic, ele agenciava aviões para transporte de drogas das principais regiões produtoras, além de trazer armas e dinheiro de outros países para abastecer criminosos no Brasil. “Murrunga” foi preso em flagrante durante cumprimento de mandado de busca e apreensão porque mantinha em casa um tablete de cocaína, que usava como mostruário a interessados em comprar entorpecentes.
No local, em Paulínia, também foram apreendidos veículos importados. Os policiais seguiram ainda para o aeroporto de Bragança Paulista onde apreenderam em um mesmo hangar, nove aeronaves e armas. Em uma terceira etapa da operação, em um escritório do bairro Tatuapé, na Capital, foram apreendidos computadores usados nas negociações e transferência de valores. “Murruga” responderá por crimes de associação ao tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.