sábado, 20 abril 2024

Aluno dispara com arma de chumbo dentro do Dom Bosco

Um aluno de 13 anos efetuou disparos com uma espingarda de chumbo na tarde desta segunda-feira (29), no Colégio Dom Bosco, em Americana. Um disparo atingiu uma funcionária da escola e depois o adolescente efetuou disparos contra si, na cabeça. Eles tiveram ferimentos leves, foram socorridos e passam bem.

O caso aconteceu por volta das 16h, no Vila Santa Catarina. Atenderam a ocorrência a Polícia Militar, com presença do Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia), e o esquadrão antibombas do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), e do Corpo de Bombeiros. A ocorrência envolveu até o helicóptero Águia da Polícia Militar.

O aluno chegou para a atividade na escola particular com a espingarda de chumbinho, uma faca e dez artefatos explosivos (bombas caseiras em garrafas plásticas com pólvora, solvente, pregos, parafusos e materiais metálicos) escondidos na mochila e na capa de um violão.

Segundo o tenente da PM Tiago Augusto Costa e Silva, moradores escutaram disparos no interior da escola e a polícia foi acionada. Viaturas cercaram o colégio e policiais adentraram o local. Quinze funcionários e seis alunos estavam no Dom Bosco naquele momento. “Quando a polícia chegou ele estava no chão, deve ter ouvido as sirenes e atirou contra si. Pelas lesões que tinha no rosto, tudo indica que foi uma tentativa de suicídio”, explica.

O tenente contou que o adolescente teria ido normalmente à escola e, em um dado momento, foi até o primeiro andar, onde lançou o explosivo na sala da diretora, que falhou. E depois, já no segundo andar, efetuou os disparos. O aluno foi encontrado dentro da sala de número 77, onde realizou disparos contra si. Os policiais o detiveram sem dificuldades.

“Ele estava consciente, tranquilo. Disse  que a arma era do pai dele e que não tinha nenhum problema com os alunos, e não confirmou que disparou contra a funcionária, pode ter sido sem querer”, relata. O adolescente não falou do motivo de seu ataque. Porém, o ato era premeditado. “Ele disse que pesquisou na internet como fazer os artefatos explosivos”, diz o tenente.

A escola teve as atividades suspensas e o local foi isolado para a perícia. O Gate recolheu material do artefato para análise.

A funcionária foi encaminhada pelos bombeiros para o Hospital Unimed e o adolescente, acompanhado do pai, ao Hospital São Francisco. Ambos foram atendidos e liberados. O adolescente e o pai devem prestar depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Americana.

NOTA

Em nota, a diretoria do colégio informou que houve “uma ocorrência com um adolescente no interior do colégio”. A nota diz que a polícia já apurou e tomou as devidas providências. “Não houve alunos feridos, seguindo procedimentos de segurança, todos foram protegidos de imediato”, encerra.

As aulas presenciais de escolas particulares estão permitidas em Americana, desde que com capacidade de 35% dos alunos e cumprindo medidas sanitárias. Cidades vizinhas como Hortolândia e Nova Odessa suspenderam as aulas presenciais até das escolas particulares, por conta do avanço da pandemia e o colapso na saúde na região.

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