quinta-feira, 18 abril 2024

Casal morto com arsenal pode ter matado policial

A Polícia Civil investiga se o casal baleado e morto em confronto com a PM (Polícia Militar), na noite de quinta-feira (21), em posse de um arsenal, no bairro Nova Alvorada, em Monte Mor, estaria envolvido em roubos a caixas eletrônicos e no assassinato de um policial militar, morto a tiros na cidade de Dois Córregos, região de Jaú (SP), no último dia 18.

Com o casal morto na operação foram apreendidos quatro fuzis (de dois calibres diferentes), uma pistola calibre 40, mais de 900 munições para fuzis e pistola automática, 37 carregadores para fuzis e pistola, além de quatro coletes à prova de balas.

Segundo a PM, o homem, identificado como Márcio Alexandre Henrique, 45 anos, portava um dos fuzis ao ser baleado e morto na cozinha da casa. Enquanto que em um dos quartos foi baleada Ewelly Thallya da Silva Vítor, 21 anos, que, segundo a Polícia, portava a pistola calibre 40.

Os policiais militares foram ao local após receber informações, através do Setor de Inteligência da PM, de que os acusados estavam na casa portando armas longas e que, possivelmente, eram envolvidos em roubos a caixas eletrônicos. Havia ainda a informação de que eles seriam suspeitos no assassinato do cabo PM Marcelo Reinaldo Gardinal, 43 anos, atingido com três tiros de fuzil, dia 18 de fevereiro, na Rodovia Amauri Barroso de Souza, no trecho entre Mineiros do Tietê e Dois Córregos, na região de Jaú.

Ao chegarem na casa em Monte Mor, os PMs entraram por um portão entreaberto e se aproximaram da cozinha, onde viram o suspeito portando um fuzil. Os policiais deram ordem para ele se render e colocar a arma no chão. Segundo a Polícia, ele não cumpriu a determinação, chutou uma mesa para se abrigar e levantou a arma para atirar na equipe, que revidou com cinco tiros disparados por dois PMs. Quatro tiros foram certeiros.

A incursão prosseguiu com outros policiais, que ao entrarem em um quarto encontraram a mulher atrás da porta e com uma pistola calibre 40 na mão. Um dos PMs reagiu disparando dois tiros. Após o tiroteio, foram acionadas equipes do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), que constataram os óbitos do casal.

Segundo a Polícia, já no primeiro andamento das investigações foi apurado que o homem baleado pertenceria a uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.

Para a Polícia, ele anteriormente morava na região do Jardim Amanda, em Hortolândia, onde seria conhecido por “Irmão Bin Laden”, e que estava respondendo diversos processos na Justiça por crimes, como tráfico de drogas, estelionato e receptação de produtos roubados. Não foram constatados antecedentes da mulher, que era a moradora da casa onde houve o confronto.

A Polícia investiga ainda se o local era utilizado como espécie de “armazém” ou mesmo paiol para guardar o armamento pesado e as munições da quadrilha. O delegado titular de Hortolândia, Luís Antônio Loureiro Nista, que estava como plantonista em Monte Mor na noite da ação, esteve acompanhando os trabalhos feitos por peritos do IC (Instituto de Criminalística) de Americana.

Além de tradicional exame residuográfico que é solicitado em situações onde há disparos de armas de fogo, foram requeridos exames de comparações balísticas das armas e munições apreendidas na casa dos suspeitos. As comparações serão com cartuchos disparados contra o policial morto em Dois Córregos.

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