sexta-feira, 19 abril 2024

Corinthians enfrenta o Fluminense com técnico da base

Dois dias após a demissão de Tiago Nunes, o Corinthians enfrenta neste domingo (13) o Fluminense, no Maracanã, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. O clube alvinegro será comandado interinamente por Dyego Coelho. 

A demissão de Nunes foi anunciada na noite desta sexta (11). Ele não resistiu aos resultados ruins, protestos e insatisfações do elenco. A entrevista coletiva concedida após a derrota contra o Palmeiras, a última do treinador no comando do clube, foi a “gota d’água” para que ele caísse em descrédito com o grupo de jogadores. 

Além disso, o valor da multa rescisória, considerada baixa para o “mundo do futebol”, facilitou a demissão de Tiago Nunes. 

A maioria dos atletas considerou que Tiago Nunes exagerou ao criticar o elenco, principalmente, ao especificar os erros individuais dos jogadores e se isentar de culpa. O treinador chegou a dizer na mesma entrevista que seu trabalho era de alto nível e performance. 

Para os jogadores, o excesso de críticas internas e externas prejudicavam a confiança dos atletas em campo -principalmente os jovens. Além disso, o excesso de alterações no time irritava os atletas. Tiago Nunes só repetiu a escalação sete vezes em sua passagem pelo Corinthians. O elenco considerada que o treinador se mostrava perdido com isso e “roubava” a confiança do grupo. 

O presidente Andrés Sanchez havia falado publicamente que só demitira o técnico se ele “perdesse o grupo”. Como a adesão do elenco trabalho de Tiago Nunes era muito baixa, a diretoria sequer esperou o jogo contra o Fluminense. 

A multa rescisória não foi entrave para que Tiago Nunes fosse demitido no Corinthians. O UOL Esporte apurou que o clube paulista pagará um salário mensal do treinador para quebrar o contrato. 

A reportagem ainda apurou que Tiago Nunes ganhava R$ 450 mil por mês, valor que o Corinthians terá que desembolsar. Mas o “pacote Tiago” custava R$ 800 mil, somando todos os integrantes da comissão técnica. 

Além dos maus resultados e insatisfação dos jogadores, a cúpula alvinegra considerou que o time não mostrava nenhuma identidade em campo. Tiago Nunes se mostrava perdido em suas decisões e, por isso, era consenso entre dirigentes, comissão técnica e jogadores, que não havia esperanças em relação ao trabalho do técnico. 

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