quarta-feira, 24 abril 2024

Família de indiciado se oferece para pagar tratamento de Emily

A família de Paulo César da Silva Santos, 27, se ofereceu para custear todo o tratamento psicológico da menina Emily Bello Soares da Silva, 11, que teria desaparecido de casa dos avós no Jardim Europa, em Santa Bárbara d’Oeste, no último dia 5, e encontrada no dia 9 de julho. 

A informação é do advogado do acusado, Marcelo Rosa Maia, que mencionou os traumas causados tanto à família do detido por sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável quanto à da vítima. Ainda mencionou que o acusado está sendo acompanhado diariamente por estar tendo pensamentos suicidas. Ele está preso na Cadeia de Monte Mor, onde cumpre prisão temporária de 30 dias decretada pela 1ª Vara Criminal de Santa Bárbara. 

Os comentários foram feitos no programa Alerta Geral, apresentado por Sílvio Silva, na TV TodoDia. Procurado nesta quinta-feira (16), o advogado confirmou as informações à reportagem do TODODIA. Ele voltou a afirmar que a família do indiciado é “de bem” e formada por pessoas com princípios éticos. E reafirmou que seu cliente trabalha desde os 14 anos e só estava desempregado por causa da pandemia do novo coronavírus. 

“A família do Paulo está disposta a ajudar no custeio do tratamento psicológico para tentar reparar uma parte do dano”, afirmou o advogado. “Gerou traumas para Emily, para Paulo e família do Paulo e da vítima”, afirmou o advogado. “É um sentimento de profundo pesar por toda essa situação”, disse o advogado. “Estamos em cacos. Vamos juntar os cacos”, mencionou. Segundo o advogado, o acusado está sendo monitorado diariamente.

“O Paulo está muito abalado. Está falando muito em suicídio. Eu conheço o sintoma e conheço o caminho”, disse o defensor. Ele também aproveitou para dizer que seu cliente não é pedófilo e nem maníaco. “O Paulo não é pedófilo. Foi uma situação pontual na vida dele”, ressaltou. 

Explicou que pedofilia é um transtorno que acompanha a pessoa pela vida toda e que, via de regra, termina com a morte da vítima, porque o pedófilo sente prazer em causar sofrimento. “Ele não é maníaco e nem esse psicopata que eles pintaram”, reafirmou. 

Neste momento, o advogado não pretende pedir a soltura do cliente, apesar de não ter concordado com a prisão temporária, pois Paulo tem residência fixa e não oferecia riscos à vítima e nem às testemunhas. Os advogados contratados juntam provas no inquérito policial para ajudar na defesa do cliente. 

SAÍDA 

Segundo Maia, Emily ficou quatro dias no apartamento em Sumaré porque tanto Paulo quanto ela buscavam uma saída para o caso, que teve repercussão no mesmo dia em que a garota saiu de casa na garupa da moto do acusado. “Espero que justiça seja feita na medida, e não excessiva”, mencionou. Segundo ele, Emily chegou a se comunicar com os familiares durante os quatro dias em que ficou no apartamento, e seu cliente teria se sentido acuado com a repercussão do caso e a descoberta que ela ainda era criança. 

O defensor do acusado vai rebater a acusação de sequestro. Ele alegou que o sequestro ocorre quando a vítima tem sua capacidade de resistência reduzida, o que não foi o caso. Exemplificou que ela poderia ter pulado da moto. E alegou que o indiciado se apresentou para esclarecer os fatos e nem havia prisão decretada contra ele, o que foi solicitado e concedido no dia em que se apresentou à polícia, na última segunda-feira (13). 

FAMÍLIA 

A família de Emily foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre a oferta. A amiga da família, Andriele Maris, informou que a menina já faz tratamento psicológico. 

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