O Fundo Emergencial para a Saúde – criado por plataformas sociais para arrecadação de recursos para o enfrentamento do novo coronavírus em centros de referência – arrecadou em um mês cerca de R$ 5 milhões.
Mas a campanha voltada a empresas e grandes filantropos acabou ganhando o reforço das contribuições de cidadãos comuns – pulverizadas, de menor valor – que já representam, quando somadas, 25% de toda a receita revertida na compra de máscaras, luvas e equipamentos hospitalares.
A iniciativa tem a chancela do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), organização da sociedade civil de interesse público fundada em 1999, e pioneira em ações sociais para a a redução das desigualdades sociais no país. Ao lado da Oscip, estão duas entidades organizadas da sociedade civil voltadas às mesmas propostas, o BSocial e o Movimento Bem Maior.
Os beneficiados com a arrecadação são Fiocruz, Santa Casa de São Paulo, Comunitas, Hospital Santa Marcelina e Hospital São Paulo, instituições de referência no enfrentamento da pandemia, importantes dentro das estratégias de ação do SUS.
“O movimento passou a engajar a sociedade como um todo”, disse a presidente do IDIS, Paula Fabiani.
Hoje, o Fundo conta com mais 4 mil doadores, que vão desde pessoas físicas a empresas de todos portes e e áreas de atuação. A doação mínima é de R$ 20, que corresponde ao custo de um teste rápido produzido pela Fiocruz.
As empresas geralmente destinam ao fundo um percentual definido de suas vendas. E até estudantes universitários se envolvem na arrecadação de recursos e difusão do movimento.
“É gratificante vermos, em tão pouco tempo, tantas pessoas e empresas mobilizadas. Elas são protagonistas. Juntos diminuímos os efeitos da pandemia”, disse Maria Eugênia Duva Gullo, cofundadora da plataforma de doação BSocial.
Para Carola Matarazzo, presidente do Movimento Bem Maior, o mundo vive um momento histórico, valorizando as relações humanas e buscando acabar com o abismo social.
Quanto vale uma doação
R$ 20 – teste rápido Fiocruz)
R$ 50 – guia para intubação
R$ 100 – cem máscaras descartáveis
R$ 500 – aspirador de secreção
R$ 5 mil – cama hospitalar
R$ 70 mil – respirador
COLABORE
Para doar ou obter informações detalhadas sobre o projeto acessar www.bsocial.com.br/fundosaude