quarta-feira, 24 abril 2024

Indústria demite 1.450 em junho

As indústrias da RMC (Região Metropolitana de Campinas) demitiriam 1.450 funcionários no mês passado. Esse é o pior resultado do nível de emprego industrial na região desde 2015, quando houve 1,8 mil desligamentos, de acordo com levantamento do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Campinas.
No mesmo mês do ano passado, foram contabilizadas apenas 750 demissões. No acumulado deste primeiro semestre o saldo é positivo em 1.150 postos de trabalhos criados.
Durante todo o ano passado, foram criadas apenas 500 novas oportunidades, segundo o levantamento.
Nos últimos 12 meses, o setor industrial teve um aumento de 1.650 novos postos de trabalho na região.
De acordo com o Ciesp, o nível de emprego industrial na regional Campinas foi influenciado pelas variações negativas de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-5,08%); Máquinas e Equipamentos (-5,24%) e Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-0,98%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do indicador total.
As pesquisas mensais da Regional apontam para um segundo semestre de incerteza quanto ao ritmo da indústria regional, reforçado pelos números de junho. Se no primeiro semestre desse ano, a indústria da região de Campinas ainda apresenta saldo positivo de 1.150 contratações, somente no mês de junho foram 1.450 demissões.
A partir de maio – com 250 demissões – a série positiva do emprego industrial no ano se inverteu, apontando incertezas nos rumos da economia.
Para o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, as indefinições em relação aos rumos da campanha presidencial e os reflexos ainda da greve nacional dos caminhoneiros são os principais ingredientes desse quadro com viés de baixa. Na avaliação do diretor, isso deve melhorar nos próximos meses.
Com relação à Sondagem Industrial, o economista da Facamp, Rodrigo Sabbatini, afirmou que alguns indicadores da pesquisa mostram alguma melhora e certo otimismo dos empresários, “embora 71% das empresas tenham declarado aumento em seus custos e isso afete a lucratividade delas”, disse. No entanto, ele explicou que a retomada dos investimentos ainda está longe, porque para que isso ocorra as empresas precisam de muitos meses de estabilidade.

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