quarta-feira, 24 abril 2024

Mulher depreda imagem no túmulo de Zé Rico

Alegando estar sob “ordem de Deus”, uma mulher vestida com uma espécie de túnica branca e portando um objeto semelhante a um cajado entrou ontem no Cemitério da Saudade, no Jardim São Manoel, em Americana, e destruiu algumas imagens religiosas, entre elas uma estátua de Nossa Senhora Aparecida, que estava no túmulo onde está enterrado o cantor sertanejo Zé Rico (morto em março de 2015). 

Foram patrulheiros da Gama (Guarda Armada Municipal de Americana) que receberam solicitação de funcionários do cemitério denunciando o inusitado ataque. 

Ao chegarem no local, os guardas municipais Siderlei e Aguilera viram a mulher com o traje descrito por testemunhas, mas ela não carregava mais o cajado, que foi deixado próximo de um dos túmulos, ao lado de uma imagem religiosa totalmente destruída. 

Há informação de que, além do túmulo do cantor, ao menos mais um jazigo foi atacado. 

Ao ser alcançada pelos guardas, após a chegada de outras equipes de apoio, a mulher entoava cantos religiosos e lia a Bíblia. 

Segundo testemunhas, ela aparentava evidentes sinais de transtornos psiquiátricos. Ao ser abordada, disse ser moradora da cidade goiana de Caldas Novas e até alegou ser “parente” de Zé Rico. 

Em meio a frases desconexas, a mulher disse ainda aos guardas ter sido ordenada pelo próprio Deus a destruir a imagem de Nossa Senhora Aparecida que estava no túmulo. 

Familiares do cantor que estiveram no cemitério e também na CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Americana disseram, segundo a Gama, que a mulher não tem qualquer grau de parentesco com o cantor ou com o restante da família. 

A Polícia Civil acionou uma equipe do IC (Instituto de Criminalística) de Americana para que peritos vistoriassem o local dos ataques. 

O pedaço de madeira utilizado pela mulher, uma peça que lembra um cabo de enxada, com cerca de um metro de comprimento, foi apreendido. 

Um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por dano foi elaborado e posteriormente a acusada pelo ataque foi liberada. 

Ao menos uma família que teve um túmulo de um familiar danificado foi orientada sobre o prazo legal de até seis meses, caso queira prosseguir com a queixa. 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também