A proposta da nova delegada de Defesa da Mulher de Sumaré, Nathalia Alves Cabral, é fazer um atendimento humanizado e mais acolhedor às mulheres vítimas de violência.
Ela assumiu o cargo na semana passada, mas foi apresentada em solenidade no Dia da Mulher (8).
Este vai ser o primeiro cargo que assume como delegada, depois de advogar por dez anos. Ela se formou na Academia da Polícia Civil e foi designada para a vaga. De Campinas, ela disse que conhece bem as demandas de Sumaré, Hortolândia e Monte Mor.
“Infelizmente, há uma demanda enorme e muitos casos todos os dias dos mais leves aos mais graves. Todos os dias têm muitas ocorrências”, afirmou a delegada, em entrevista ao TODODIA.
“Psicólogas da PUC-Campinas já fazem o acolhimento suplementar a essas mulheres que muitas vezes aparecem aqui em estados emocionais muito abalados. A nossa prioridade é atender todas, da melhor forma possível”, disse a nova delegada, que assumiu o posto, vago havia quase quatro anos.
A cidade já conta com um abrigo para atender as mulheres vítimas de violência doméstica, o que é uma inovação, na opinião da delegada.
Agora, a meta é ampliar a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, para permitir o atendimento integral das demandas.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da cidade, presidida pela advogada Maria de Nazaré Abreu de Moura, tinha um projeto pronto para melhorar a assistência às vítimas e aguardava apenas a chegada da nova delegada para colocar em prática as propostas. Os detalhes começarão a ser discutir a partir desta semana.
Segundo a advogada, já existe uma parceria com o Centro Regional de Assistência Social, que acolhe as vítimas e faz os encaminhamentos.
A partir deste pontapé inicial, são nomeados os advogados para cuidar do divórcio e feito o acompanhamento das medidas protetivas, que impedem a aproximação dos agressores das vítimas.
A presidente da comissão da OAB informou que a violência contra a mulher tem aumentado muito no município. “Estava faltando a delegada. Agora tudo vai andar”, acredita Maria de Nazaré.
A Prefeitura de Sumaré foi questionada sobre o assunto, mas não se posicionou. A reportagem questionou sobre a avaliação da chegada da nova delegada e da necessidade de ampliação do atendimento da rede de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.
