terça-feira, 23 abril 2024

Trem intercidades

O TIC (Trem Intercidades de Passageiros), que está em estudos no governo estadual, é fundamental para o futuro da RMC (Região Metropolitana de Campinas). A viabilização do TIC, objeto de avaliação que será feita por um consórcio liderado pela DB Internacional Brasil Ltda, terá um impacto direto na vida dos mais de 3 milhões de habitantes da RMC, que não aguentam mais a carência de um transporte público de massa de qualidade.
Em todos os meus mandatos como vereador e nos dois mandatos como prefeito de Sumaré, sempre defendi a necessidade de revitalização do sistema ferroviário paulista. A região de Campinas, especificamente, foi um dos principais polos ferroviários do Brasil, em função da presença de duas das maiores ferrovias do país, a Companhia Paulista e Companhia Mogiana. Essas duas ferrovias foram essenciais para alavancar o desenvolvimento econômico e urbano de Sumaré, de Campinas e de todas as cidades da região.
Infelizmente, as ferrovias brasileiras, sobretudo no caso do transporte de passageiros, passaram por um inexplicável sucateamento nas últimas décadas. O resultado foi o engarrafamento no trânsito pelo transporte individual, reduzindo a qualidade de vida nas grandes cidades.
O transporte de cargas também foi muito afetado pelo abandono das ferrovias. De cada 10 quilos transportados em São Paulo e em todo Brasil, 7 são transportados por rodovias, que enfrentam os altos custos dos pedágios e a falta de manutenção, entre outros problemas que encarecem os preços dos produtos transportados e comercializados.
Já passou da hora de revitalizar o transporte ferroviário paulista e brasileiro! Dessa forma vejo com bons olhos o anúncio dos estudos de viabilidade do Trem Intercidades de Passageiros, que serão conduzidos por consórcio liderado pela DB Internacional Brasil Ltda, uma subsidiária da Deutsche Bahn, uma das mais importantes operadoras ferroviárias do mundo.
Têm sido constantes os anúncios de tentativa de aproveitamento da malha ferroviária existente no estado de São Paulo, para potencialização do transporte de cargas e retomada do transporte de passageiros. Tomara que desta vez os estudos se transformem em realidade. O atual sistema de transportes está mais do que saturado. O resgate do transporte ferroviário será um notável fator de geração de renda, de circulação de pessoas e mercadorias e de geração de novos empregos, a prioridade número um no momento no Brasil.
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