crise – Todo Dia https://tododia.com.br Notícias de Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré e Região Wed, 21 Jul 2021 03:29:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 https://tododia.com.br/wp-content/uploads/2023/04/cropped-Icon-32x32.png crise – Todo Dia https://tododia.com.br 32 32 217784986 Salários serão afetados pela Covid por 9 anos no Brasil, diz Banco Mundial https://tododia.com.br/brasil-mundo/salarios-serao-afetados-pela-covid-por-9-anos-no-brasil-diz-banco-mundial/ Wed, 21 Jul 2021 03:29:39 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/07/21/salarios-serao-afetados-pela-covid-por-9-anos-no-brasil-diz-banco-mundial/ As marcas deixadas pela crise sanitária na América Latina serão sentidas sobretudo pelos trabalhadores com menor qualificação e em uma posição mais vulnerável no mercado de trabalho, lembra a instituição  Os resultados sugerem que os trabalhadores menos qualificados e os trabalhadores mais velhos no Brasil foram os mais gravemente prejudicados pela crise ( Foto: Agência […]

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As marcas deixadas pela crise sanitária na América Latina serão sentidas sobretudo pelos trabalhadores com menor qualificação e em uma posição mais vulnerável no mercado de trabalho, lembra a instituição 

Os resultados sugerem que os trabalhadores menos qualificados e os trabalhadores mais velhos no Brasil foram os mais gravemente prejudicados pela crise ( Foto: Agência Brasil)

Os efeitos provocados na economia pela pandemia do novo coronavírus devem afetar os salários dos trabalhadores brasileiros por até nove anos, de acordo com o Banco Mundial.

As marcas deixadas pela crise sanitária na América Latina serão sentidas sobretudo pelos trabalhadores com menor qualificação e em uma posição mais vulnerável no mercado de trabalho, lembra a instituição.

A avaliação faz parte do relatório “Emprego em Crise: Trajetória para Melhores Empregos na América Latina Pós-Covid-19”, divulgado pelo Banco Mundial nesta terça-feira (20).

“No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais, e sofram impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise”, diz o texto.

Os resultados sugerem que os trabalhadores menos qualificados e os trabalhadores mais velhos no Brasil foram os mais gravemente prejudicados pela crise, diz o documento.

Pesquisa recente do Datafolha aponta que, com a crise sanitária e o aumento do desemprego, 45,6% dos brasileiros dizem que a situação financeira ficou mais difícil durante a pandemia do novo coronavírus.

Como agravante, segundo o Banco Mundial, no Brasil, na Argentina e no Chile, as formas de trabalho não padronizadas (incluindo trabalhadores autônomos) estão crescendo no lugar do emprego formal, embora o perfil desses trabalhadores tenha mudado desde a metade dos anos 1990.

“As pessoas em empregos formais não padronizados hoje são mais jovens e têm um nível de escolaridade mais alto do que antes.”

O relatório também fala de um efeito cicatriz no mercado de trabalho por conta da crise e avalia que a crise gerada pela pandemia ressaltou a necessidade de renovação dos instrumentos de proteção social, para tentar preservar a renda da população contra os choques no mercado de trabalho.

O país tem enfrentado taxas recordes de desocupação por conta da pandemia. Entre fevereiro e abril, a taxa bateu em 14,7%, e o número de desempregados totalizou 14,8 milhões. Os dados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na avaliação do banco, uma das saídas para reduzir a crise seria ampliar o acesso aos programas nacionais de seguro-desemprego, fazer transferências mais dinâmicas das redes de proteção e manter um sistema robusto de serviços de apoio ao reemprego.

“Da mesma forma, os princípios de proteger os trabalhadores, em vez de proteger o emprego, e desvincular as proteções, podem não ajudar na crise no curto prazo, mas são aplicáveis no médio prazo.”

O Banco Mundial pondera, no entanto, que benefícios como o seguro-desemprego têm efeitos limitados para amortecer as perdas causadas pela crise sanitária, já que é garantido aos trabalhadores formais, mas os informais e autônomos (mais afetados pela crise) ficam de fora da maioria dos benefícios. 

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Racionamento de água já afeta cidades do interior de São Paulo https://tododia.com.br/brasil-mundo/racionamento-de-agua-ja-afeta-cidades-do-interior-de-sao-paulo/ Wed, 14 Jul 2021 22:43:13 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/07/14/racionamento-de-agua-ja-afeta-cidades-do-interior-de-sao-paulo/ Moradores de Itu (a 101 km de São Paulo) ouvidos pela reportagem temem que a cidade retorne ao drama de 2014, quando permaneceu por 10 meses no mais longo racionamento de água de sua história  Falta de água | Cidade do interior já começam a fazer rodizio ( Foto: Agência Brasil) Com a queda nos […]

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Moradores de Itu (a 101 km de São Paulo) ouvidos pela reportagem temem que a cidade retorne ao drama de 2014, quando permaneceu por 10 meses no mais longo racionamento de água de sua história 

Falta de água | Cidade do interior já começam a fazer rodizio ( Foto: Agência Brasil)

Com a queda nos níveis dos reservatórios e o período de estiagem algumas cidades do interior de São Paulo já passaram a adotar algum tipo de racionamento de água.

Moradores de Itu (a 101 km de São Paulo) ouvidos pela reportagem temem que a cidade retorne ao drama de 2014, quando permaneceu por 10 meses no mais longo racionamento de água de sua história.

Desde a semana passada, a cidade, de 170 mil habitantes, entrou em rodízio, medida que, segundo a CIS (Companhia Ituana de Saneamento), foi necessária para enfrentar um deficit de chuva considerado severo e que pode ser o pior em 91 anos.

Segundo a CIS, os mananciais de Itu operam hoje com 32% da capacidade e não está descartada a possibilidade de o racionamento ser ainda mais amplo do que é hoje. A bacia do São José (Fubaleiro), um dos mais importantes mananciais da cidade, está praticamente seca.

O rodízio em Itu varia de acordo com a região. Em algumas, o corte se dá dia sim, dia não. Em outras, o abastecimento é interrompido às segundas e às quintas, por exemplo, mas em quaisquer circunstâncias, os transtornos têm sido enormes.

A dona de casa Maria Gervásio, 57, conta que apesar do rodízio da região onde mora prever abastecimento dia sim, dia não, as torneiras de sua casa, na Vila Santa Rosa, estão secas há cinco dias. “Estamos vivendo uma situação horrível. Tenho conseguido diminuir o problema, porque vou buscar água numa mina, que fica aqui perto de casa”, contou ela, na manhã de segunda-feira (12).

Mesma bica onde estiveram nesta terça-feira pela manhã (13) a operadora de caixa, Júlia Araújo Alves e o marido dela, James Carneiro.

Eles esperavam que haveria abastecimento no Parque das Rosas onde moram, mas isso não ocorreu. “Estamos sem água faz uma semana”, reclamou ela. “Pra beber, a gente está comprando água, mas para lavar roupa, tomar banho e todo o resto, a gente usa água da mina”.

Mas tem gente que vai até a bica em busca de água para consumo. É o caso, por exemplo, do contador João Fernando Franquini, que esteve na fonte pela manhã atrás de água para beber. “É boa”.

A auxiliar técnica de enfermagem, Rosana Aparecida dos Santos, também esteve na mina para pegar água para beber. “Acho que a água daqui é mais garantida que a da rua”, disse ela, que desde a semana passada convive com o problema de falta d´água no Parque América, onde mora.

Drama semelhante vive a auxiliar de produção Lucimary Pereira, que mora no bairro rural do Pinheirinho. “Estamos vivendo uma calamidade”, reclama ela. “Estou sem água desde o dia 5”, afirma. “Eu tenho de implorar para a prefeitura mandar uns caminhões-pipa. Pedi na segunda-feira cedo, mas até agora não chegou”, disse ela, nesta terça-feira, no final da manhã.

Lucimary tem um outro fator complicador. Ela e os dois filhos de 11 e 17 anos, foram infectados pelo vírus da Covid-19 e, assim, os três estão impedidos de sair de casa por conta dos protocolos sanitários.

“Sem água, a gente está tendo muita dificuldade em manter a higiene, por exemplo. Minha casa fede a cândida”, disse ela, referindo-se a água sanitária. “Quando alguém faz xixi, não damos descarga”, conta.

“Estamos diante da pior estiagem dos últimos 91 anos e sem registro ou previsões de chuvas até o momento”, explicou o superintendente da CIS, Reginaldo Santos. “Nota-se, portanto, que as barragens de captação estão operando cada vez mais abaixo de sua capacidade. Uma ampliação do rodízio já é avaliada internamente”, afirmou ele.

A aproximadamente 10 km de Itu, a cidade de Salto também entrou em rodízio no fornecimento de água. A cidade -de quase 120 mil habitantes- conta com duas estações de tratamento mas, nas duas, as captações têm sido menores que a demanda. A companhia de saneamento da cidade diz que não há prazo a duração do rodízio. “Dependemos de chuvas”, explica a empresa, em nota.

Rio Preto cava poços nos aquíferos Guarani e Bauru A 440 km a noroeste de São Paulo, São José do Rio Preto se debate com problemas de abastecimento de água já há quase dois meses. Segundo dados do Semae o volume de chuva no período de janeiro a julho deste ano é praticamente a metade do verificado no mesmo período de 2020.

O racionamento é feito das 13 às 20 horas, em 15 regiões da cidade. Atinge aproximadamente 100 mil pessoas.

“O racionamento é uma medida necessária para evitar a paralisação total da captação superficial no rio Preto”, diz o superintendente do Semae, Nicanor Batista Jr.

O superintendente garante que a companhia vem adotando medidas para evitar o racionamento nos próximos anos. “Perfuramos o 9º poço do Aquífero Guarani. O 10º está sendo perfurado e o 11º deve iniciar a perfuração ainda este ano. Além disso, no final do ano passado perfuramos sete poços no Aquífero Bauru”, garantiu.

Os aquíferos Guarani e Bauru formam um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do mundo.

Franca A cidade de Franca -a 400 km a nordeste do estado- estão de sobreaviso. A baixa pluviometria registrada no período de outubro de 2020 a março de 2021 ocasionou a maior queda da vazão dos mananciais que abastecem a cidade em duas décadas. A Sabesp informou que o abastecimento ainda é normal na cidade, mas a vazão vem diminuindo e, por isso, diz ter preparado duas novas fontes de captação. 

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Crise elétrica e alta da inflação devem afetar vendas de eletrodomésticos https://tododia.com.br/brasil-mundo/economia/crise-eletrica-e-alta-da-inflacao-devem-afetar-vendas-de-eletrodomesticos/ Sun, 11 Jul 2021 16:13:43 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/07/11/crise-eletrica-e-alta-da-inflacao-devem-afetar-vendas-de-eletrodomesticos/ Se o setor se beneficiou do maior número de pessoas em home office no ano passado, a tendência é que o fim de ano seja difícil para essas empresas  Eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos | Setor pode ser atingido pela crise elétrica e a inflação ( Foto: Agência Brasil) O aumento expressivo da energia elétrica e a […]

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Se o setor se beneficiou do maior número de pessoas em home office no ano passado, a tendência é que o fim de ano seja difícil para essas empresas 

Eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos | Setor pode ser atingido pela crise elétrica e a inflação ( Foto: Agência Brasil)

O aumento expressivo da energia elétrica e a redução do poder de compra do consumidor, com a inflação mais alta, podem gerar uma tempestade perfeita para a indústria e o varejo de eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos neste segundo semestre.

Se o setor se beneficiou do maior número de pessoas em home office no ano passado, a tendência é que o fim de ano seja difícil para essas empresas. Elas comemoram o avanço na vacinação, mas reconhecem que terão de competir pela atenção do consumidor com serviços de lazer fora de casa.

Os dados de vendas de móveis e eletrodomésticos ajudam a entender o comportamento do setor durante os meses de distanciamento social, em comparação ao mês de fevereiro, antes da pandemia. Há uma queda expressiva em março, abril e maio de 2020, com o fechamento do comércio e o acirramento das medidas de distanciamento social nos primeiros meses de pandemia.

Logo em seguida, o setor registrou um longo período de recuperação, que combinava a flexibilização da quarentena na primeira onda de Covid-19 ao home office, que levou boa parte dos brasileiros a reequipar suas casas com novos eletrodomésticos e eletrônicos.

Se em março e abril as vendas de móveis e eletrodomésticos caíram 24% e 41%, respectivamente, o segmento registrou sete meses seguidos de vendas positivas na sequência e o varejo rapidamente começou a ter ganhos, acima do registrado em fevereiro do ano passado.

Quem viu esse movimento de perto foi Luís Pádua, 35. Vendedor de uma loja em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ele registrou em julho do ano passado um dos melhores meses de vendas. “A loja acabou se destacando. O consumidor que ia almoçar no restaurante todo dia veio trocar de geladeira ou comprar um micro-ondas quando foi fazer home office.”

Enquanto o setor de serviços sofria, a indústria e o varejo desses segmentos surfavam na alta das vendas. Em relação aos preços, o impacto foi semelhante: após uma queda expressiva de 7,2% em abril, eles voltaram a subir nos sete meses seguintes. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), compilados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

A partir de janeiro deste ano, porém, com a flexibilização do trabalho remoto e os aumentos progressivos na conta de energia elétrica, as vendas voltaram a cair ou registraram períodos de estagnação. Os preços, no entanto, continuam subindo, impactados pela inflação e pela alta dos preços de energia.

“Não havia como crescer para sempre. As compras de eletrodomésticos não são como gastos de supermercado em que a pessoa precisa consumir todo mês. Se ele comprou uma geladeira hoje, ela pode ficar 20% mais barata no mês seguinte que ele não vai comprar de novo”, lembra o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

O mesmo aconteceu com os equipamentos eletrônicos e os materiais de construção. Com o consumidor mais tempo em casa, ele passou a priorizar esse tipo de gasto, mas o ciclo se encerrou neste ano. Em abril e maio, o crescimento é mais modesto.

Bentes acrescenta que a energia elétrica deve ficar mais cara para o consumidor até o fim do ano, com o aumento da bandeira vermelha devido ao baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, o que deve reduzir o poder de compra das famílias.

No fim de junho, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, chegou a fazer um pronunciamento pedindo o uso consciente de energia e de água, mas o governo descarta o risco de racionamento de energia, como o que ocorreu em 2001.

“Lembro que, no apagão de 2001, muita gente correu ao comércio para comprar produtos mais eficientes, mas isso não deve acontecer agora. Estamos vindo de uma crise muito severa, com endividamento alto e inflação elevada, puxada justamente pela energia”, diz Bentes.

A notícia boa é que o comércio não vai fechar, mas o consumidor dificilmente vai aparecer nas lojas para comprar esses itens, resume o economista.

Impactada pela energia elétrica, a inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) alcançou 8,35% em 12 meses até junho –a mais alta para o período desde 2016, sendo que a energia teve o maior peso no aumento dos preços em junho.

Sem poder repassar todo aumento de custos com energia para o consumidor, as margens de lucro da indústria e do comércio, que foram mais gordas na segunda metade de 2020, não devem se repetir. Ao longo da pandemia, o segmento investiu em vendas online e dificilmente ocorrerão novas rodadas restrições de circulação, mas as condições econômicas não são favoráveis.

O momento é de extrema preocupação para o setor, diz José Jorge do Nascimento Junior, presidente da Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos). “É preciso ter preços competitivos e superar o custo de fabricar hoje. O aço, que é o principal insumo da cadeia de suprimentos, subiu; o plástico, também”, diz Nascimento Junior.

Ele ressalta que já houve um repasse de 5% a 12% nos preços para o consumidor, a depender do produto. “No segundo semestre, que é quando tem a Black Friday e o Natal, a população procura os nossos bens para consumir, mas a inflação preocupa e pode causar uma retração no consumo.”

“A crise hídrica e o aumento de energia assustam a indústria, que é uma grande consumidora. Os custos mais altos já estão pesando nas costas dos brasileiros, e um racionamento seria muito ruim para a recuperação da economia”, diz Régis Haubert, presidente-executivo da empresa de automação residencial Exatron e diretor regional da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

O cenário do segundo semestre de 2020 não deve se repetir também por causa das prestações mais caras para o consumidor, e a demanda por esses produtos tende a esfriar até o fim do ano.

Ao olhar para as condições de crédito, simulando um empréstimo de R$ 1.000, ele vai pagar R$ 34,50 por mês, até um pouco menos do que abril, mas, comparado com o ano passado, a prestação está mais pesada, segundo dados do Banco Central, também compilados pela CNC.

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Pandemia impulsiona readaptação https://tododia.com.br/cidades/pandemia-impulsiona-readaptacao/ Sun, 11 Jul 2021 15:24:48 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/07/11/pandemia-impulsiona-readaptacao/ Para muitos trabalhadores, crise do novo coronavírus acaba forçando também uma reinvenção profissional  Luciano Almeida | Um dos criadores da startup Restin que tem como ideia trabalhar para combater o desperdício de alimentos de uma forma sustentável e lucrativa ( Foto: Divulgação) A crise econômica causada pelo novo coronavírus (Covid-19) se tornou um grande desafio para […]

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Para muitos trabalhadores, crise do novo coronavírus acaba forçando também uma reinvenção profissional 

Luciano Almeida | Um dos criadores da startup Restin que tem como ideia trabalhar para combater o desperdício de alimentos de uma forma sustentável e lucrativa ( Foto: Divulgação)

A crise econômica causada pelo novo coronavírus (Covid-19) se tornou um grande desafio para trabalhadores no Brasil e ao redor do mundo. Cortes salariais, demissões em massa e a impossibilidade de trabalhar diretamente com o público foram alguns dos desafios criados por esse novo cenário.

De acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OMT), em torno de 1,25 bilhão de pessoas estão empregadas em todo o planeta em setores afetados diretamente pela paralisação das atividades por conta da pandemia.

O IBGE estimou em 14,8 milhões o número de brasileiros desempregados no primeiro trimestre desse ano, sendo que a taxa de desocupação subiu para 14,7%, a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, que teve início em 2012. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

Mas, mesmo antes da pandemia, a vontade de reinventar-se profissionalmente já estava no horizonte da maioria dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup, 72% dos brasileiros já se sentiam infelizes em relação ao seu trabalho antes do surgimento da Covid-19.

Outro estudo, feito em conjunto entre a empresa Brands2Life e o LinkedIn, indicou que 79% dos trabalhadores brasileiros entrevistados não se candidatam à vaga de emprego que têm interesse.

STARTUP

Um dos exemplos de inovação e de reinvenção vem de uma empresa barbarense com uma proposta inovadora e que foi criada em março de 2020, em plena pandemia.

A ideia da startup Restin é trabalhar para combater o desperdício de alimentos de uma forma sustentável e lucrativa. A sede da empresa está localizada na incubadora de empresas José João Sans, no Jardim São Francisco, em Santa Bárbara d’Oeste.

O negócio funciona através de uma plataforma online no formato de marketplace, onde compradores e vendedores se reúnem para negociar de forma consciente, onde o consumidor pode ter acesso a alimentos mais baratos, mesmo que mais próximos do fim da validade ou fora dos padrões estéticos da indústria.

O barbarense Luciano Almeida, de 30 anos de idade, um dos fundadores da Restin, mora no Jardim Rosemary e trabalha há 13 anos na área de nutrição, dez deles voltados ao setor de food service em uma multinacional de alimentação coletiva da região.

“Eu acredito que toda crise gera oportunidades. Isso desde sempre. Eu fui contratado em 2008, um período de crise, na empresa onde trabalhei por dez anos. Com a pandemia de Covid-19 não foi diferente. Eu vi que era possível trazer soluções que as pessoas estavam precisando e comecei a perceber uma grande oportunidade de negócio”, contou.

A startup começou a ser construída virtualmente logo após o início da pandemia no Brasil, por volta de março de 2020, e foi lançada oficialmente no Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar do ano passado, que é comemorado em 29 de setembro.

Além de Luciano, a empresa começou a ser estruturada pelas sócias Franciele Barbosa, sua irmã, e a amiga americanense Mariá Possobom, assim como por outros amigos que entraram na sociedade depois.

“No começo foi bem complicado, porque a pandemia reduziu drasticamente os meus atendimentos. Eu tinha acabado de me mudar para o meu apartamento e não tinha nada lá, além de um colchão. Então eu passei praticamente uma parte da pandemia dormindo e trabalhando no meu consultório”, contou.

“Como estava tudo fechado por causa do lockdown, eu pude ter essa ‘oportunidade’, o que foi um desafio gigantesco para mim, além de ser uma forma de reduzir custos. Eu vi que as pessoas estavam começando a comer mais em casa e a desperdiçar alimentos, foi aí que vi uma oportunidade de gerar lucro com o desperdício. Usei esse período como um impulso para realizar o meu sonho”, concluiu.

luciano almeida | Um dos criadores da startup Restin 

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Fenabrave revê previsões e diz que faltaram 200 mil carros no primeiro semestre https://tododia.com.br/brasil-mundo/economia/fenabrave-reve-previsoes-e-diz-que-faltaram-200-mil-carros-no-primeiro-semestre/ Sat, 03 Jul 2021 03:37:59 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/07/03/fenabrave-reve-previsoes-e-diz-que-faltaram-200-mil-carros-no-primeiro-semestre/ A entidade prevê que a comercialização de veículos leves e pesados terá alta 11,6% na comparação com 2020. A previsão anterior era de crescimento de 16%.  A Fenabrave prevê que a retomada à normalidade só deve ocorrer no segundo trimestre de 2022 ( Foto: Agência Brasil) A Fenabrave, entidade que representa os distribuidores de veículos, […]

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A entidade prevê que a comercialização de veículos leves e pesados terá alta 11,6% na comparação com 2020. A previsão anterior era de crescimento de 16%. 

A Fenabrave prevê que a retomada à normalidade só deve ocorrer no segundo trimestre de 2022 ( Foto: Agência Brasil)

A Fenabrave, entidade que representa os distribuidores de veículos, revisou para baixo as projeções de vendas para 2021. Os novos números consideram a crise gerada pela escassez de componentes e os problemas no fornecimento de energia esperados para o segundo semestre.

A entidade prevê que a comercialização de veículos leves e pesados terá alta 11,6% na comparação com 2020. A previsão anterior era de crescimento de 16%.

Pelo novo cálculo, o ano deve terminar com 2,3 milhões de unidades emplacadas.

Alarico Assumpção Jr., presidente da entidade, disse nesta sexta (2) que, embora houvesse demanda, 200 mil veículos deixaram de ser entregues no primeiro semestre devido à falta de peças, principalmente semicondutores. O executivo cita também a redução no ritmo de produção devido à pandemia.

A Fenabrave prevê que a retomada à normalidade só deve ocorrer no segundo trimestre de 2022.

“Se pegarmos Ásia, Europa, Estados Unidos, veremos também uma falta muito grande de componentes. Mas são mercados mais maduros, de maior volume, por isso são privilegiados pelas matrizes [na retomada]”, afirma Assumpção.

O setor de veículos leves e pesados fechou o primeiro semestre com 1,07 milhão de unidades comercializadas. Embora comprometido pela crise, o resultado confirma a retomada: em relação a igual período de 2020, houve alta de 39% nos emplacamentos.

Segundo os dados divulgados nesta sexta pela Fenabrave, os caminhões se destacaram. Houve alta de 54,5% nas vendas no acumulado deste ano em relação a 2020. Com a demanda do agronegócio e das empresas de transporte urbano de cargas, o segmento tem filas de espera que chegam a nove meses.

“Foram vendidos 58 mil caminhões no primeiro semestre, e devemos repetir esse número no segundo”, diz Assumpção. Segundo o executivo, havia demanda para mais 11,6 mil unidades, caso as montadoras dessem conta de produzi-las.

Contudo a comparação entre maio e junho mostra que as oscilações devem permanecer ao longo do ano. Os emplacamentos tiveram queda de 3,3% no último mês, com média diária de 8.689 licenciamentos de veículos leves e pesados.

Para a economista Tereza Fernandez, da consultoria MB Associados, alguns meses podem registrar alta nas vendas acima da média ao longo do segundo semestre, o que vai depender da chegada de peças.

“Temos produtos que estão praticamente prontos nas fábricas, com a falta de uma peça ou outra para serem concluídos.”

A economista, que faz a projeção de cenários para a Fenabrave, diz que as expectativas para o semestre já consideram os possíveis impactos causados pela crise hídrica.

Caso ocorra um aumento significativo no custo da energia, o reflexo pode se manifestar na retração do consumo, além de pressionar ainda mais o preço dos insumos.

“Temos uma alta acumulada de quase 90% no Brasil considerando o câmbio. E aço é energia pura, é alto-forno”, afirma Tereza.

As previsões divulgadas pela Fenabrave consideram também que os juros básicos devem fechar o ano em 6,5%, mesmo índice previsto para a inflação. A entidade aposta no crescimento de 4,5% a 5% do PIB, o que vai continuar a impulsionar o setor de veículos pesados.

Com o avanço da vacinação, espera-se ainda uma alta na venda de motocicletas, principalmente as de baixa cilindrada. O motivo é a perspectiva de retomada do setor de serviços somada à consolidação do delivery.

“O que vende automóvel é juro baixo, o que vende caminhão é PIB e o que vende moto é trabalho”, afirma Assumpção. 

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Restaurantes entram no movimento para pedir a volta do horário de verão https://tododia.com.br/brasil-mundo/cotidiano/restaurantes-entram-no-movimento-para-pedir-a-volta-do-horario-de-verao/ Thu, 01 Jul 2021 22:24:54 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/07/01/restaurantes-entram-no-movimento-para-pedir-a-volta-do-horario-de-verao/  O pedido, enviado a Bolsonaro nesta semana, também foi assinado por representantes de entidades de turismo de Santa Catarina, Paraná, Bahia e São Paulo. A carta cita a crise hídrica, dizendo que a medida não gera grandes reduções no consumo de energia, mas tem efeitos positivos no setor ( Foto: Agência Brasil) O movimento de […]

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 O pedido, enviado a Bolsonaro nesta semana, também foi assinado por representantes de entidades de turismo de Santa Catarina, Paraná, Bahia e São Paulo.

A carta cita a crise hídrica, dizendo que a medida não gera grandes reduções no consumo de energia, mas tem efeitos positivos no setor ( Foto: Agência Brasil)

O movimento de empresários do turismo que pede a volta do horário de verão teve a adesão de um setor com alta capilaridade no país. A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) entrou na campanha.

O pedido, enviado a Bolsonaro nesta semana, também foi assinado por representantes de entidades de turismo de Santa Catarina, Paraná, Bahia e São Paulo. A carta cita a crise hídrica, dizendo que a medida não gera grandes reduções no consumo de energia, mas tem efeitos positivos no setor.

Eles argumentam que os ajudaria a expandir o horário de atendimento das atividades turísticas à luz do dia.

A extinção do horário de verão foi uma das primeiras medidas de Bolsonaro, que veio por meio de um decreto ainda em abril de 2019. Na época, o presidente apostava que a mudança elevaria a produtividade do trabalhador brasileiro porque, segundo ele, afetava o relógio biológico da população. 

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​Ministro de Minas e Energia aciona rede nacional para afastar risco de apagão https://tododia.com.br/brasil-mundo/cotidiano/ministro-de-minas-e-energia-aciona-rede-nacional-para-afastar-risco-de-apagao-1/ Mon, 28 Jun 2021 22:25:00 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/06/28/ministro-de-minas-e-energia-aciona-rede-nacional-para-afastar-risco-de-apagao-1/ Nas últimas semanas, o ministro vem afirmando que enfrentamos uma situação diferente daquela vivida em 2001, quando o país enfrentou diversos apagões. Em 2015, durante uma crise hídrica severa, também houve diversos cortes pelo país.  Prevista para as 20h desta segunda-feira (28), a fala do ministro tentará aplacar os rumores de que o país pode […]

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Nas últimas semanas, o ministro vem afirmando que enfrentamos uma situação diferente daquela vivida em 2001, quando o país enfrentou diversos apagões. Em 2015, durante uma crise hídrica severa, também houve diversos cortes pelo país. 

Prevista para as 20h desta segunda-feira (28), a fala do ministro tentará aplacar os rumores de que o país pode sofrer cortes de energia devido à falta de energia até o final deste ano ( Foto: Agência Brasil)

Ministro de Minas e Energia aciona rede nacional para afastar risco de apagão

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fará um pronunciamento em rede nacional de TV para afastar os riscos de apagão neste ano devido ao agravamento da crise hídrica que deixou os reservatórios das hidrelétricas em seu pior nível em décadas.

Prevista para as 20h desta segunda-feira (28), a fala do ministro tentará aplacar os rumores de que o país pode sofrer cortes de energia devido à falta de energia até o final deste ano.

Nas últimas semanas, o ministro vem afirmando que enfrentamos uma situação diferente daquela vivida em 2001, quando o país enfrentou diversos apagões. Em 2015, durante uma crise hídrica severa, também houve diversos cortes pelo país.

Desta vez, Bento Albuquerque garante que não há motivo para pânico e que o governo vem, desde o final do ano passado, tomando medidas preventivas para evitar a crise de fornecimento.

Uma delas foi o acionamento de usinas térmicas, que passaram a gerar a energia necessária para cobrir o déficit da redução das hidrelétricas. O custo de geração desse parque é maior –cerca de R$ 1.200 o MWh (megawatt-hora), quase nove vezes mais do que o das hidrelétricas.

Essa medida já encareceu em quase R$ 9 bilhões as contas de luz dos consumidores.

O ministro também autorizou a importação de energia da Argentina e do Uruguai e estuda a compra de mais energia de outros países caso a seca comprometa ainda mais o nível dos reservatórios de água.

Havia rumores de que o ministro poderia anunciar no pronunciamento medidas de racionamento de energia, como uma política de desconto para aqueles que optarem por concentrarem o gasto de energia em casa fora dos horários de pico. No passado, essa medida ficou conhecida como “horário de verão”. No entanto, essa medida não foi confirmada pelo Ministério de Minas e Energia.

Outra saída planejada pelo ministro é a edição de uma medida provisória que dará poderes a um grupo de monitoramento da crise, chamado de Care, para decidir sobre o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas. Com mais água, elas poderão gerar mais energia. Em contrapartida, o leito dos rios ficará mais raso e poderá, em alguns casos, até comprometer a vida dos peixes e da população ribeirinha que depende da pesca para a sua sobrevivência.

Essa MP, segundo o ministro, ainda está em discussão.

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Guedes fala em novas bandeiras de energia para evitar racionamento https://tododia.com.br/brasil-mundo/economia/guedes-fala-em-novas-bandeiras-de-energia-para-evitar-racionamento/ Wed, 23 Jun 2021 23:22:30 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/06/23/guedes-fala-em-novas-bandeiras-de-energia-para-evitar-racionamento/ Guedes disse que “estamos vindo com bandeiras novas”, mas não detalhou se estava se referindo a eventual criação de mais um patamar de bandeira tarifária em nível mais elevado do que os existentes hoje  Em reunião com representantes da Fiesp, o ministro afirmou que a situação hídrica gerou um choque na inflação ( Foto: Agência […]

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Guedes disse que “estamos vindo com bandeiras novas”, mas não detalhou se estava se referindo a eventual criação de mais um patamar de bandeira tarifária em nível mais elevado do que os existentes hoje 

Em reunião com representantes da Fiesp, o ministro afirmou que a situação hídrica gerou um choque na inflação ( Foto: Agência Brasil)

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta quarta-feira (23) que a aplicação de novas bandeiras tarifárias, que elevam o custo da conta de energia elétrica, tem o objetivo de evitar um racionamento no país.

Guedes disse que “estamos vindo com bandeiras novas”, mas não detalhou se estava se referindo a eventual criação de mais um patamar de bandeira tarifária em nível mais elevado do que os existentes hoje.

Em reunião com representantes da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o ministro afirmou que a situação hídrica gerou um choque na inflação.

“Nossa inflação deu um salto, indo a 8% em 12 meses, exatamente por causa de comida e energia. Energia, porque agora estamos vindo com bandeiras novas para evitar o racionamento lá na frente, está havendo uma racionalização no uso agora, e isso é um choque. Vai haver um choque na energia e um choque de alimentos”, afirmou.

De acordo com o ministro, a entrada em vigor da autonomia formal do Banco Central é uma maneira de evitar que esses choques temporários sejam transformados em aumento permanente de preços.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deverá aprovar, na próxima semana, um reajuste das bandeiras tarifárias, um valor adicional que encarece as contas de luz sempre que o custo de geração da energia sofre alta.

A tendência, segundo técnicos que participam das discussões com o governo, é a de que o conselho diretor da agência aprove um aumento que varia entre 40% e 60% das bandeiras -o que acarretará um aumento entre 15% e 20% na conta de luz.

Os números ainda estão sendo fechados pelos técnicos da agência e devem vigorar a partir de julho. A expectativa é que permaneçam nesse patamar até o final do ano.

Na bandeira verde não há adicional para cada quilowatt-hora consumido. Na amarela, esse extra é R$ 1,34 para cara 100 kWh (quilowatt-hora). Na bandeira vermelha, há dois patamares -R$ 4,16 (nível 1) e R$ 6,24 (nível 2).

Diante da mais grave crise hídrica dos últimos 91 anos, a Aneel impôs a bandeira vermelha 2 em junho.

Caso o aumento se confirme, o preço a mais do kWh passaria dos atuais R$ 6,24 para cerca de R$ 10. Esse movimento exercerá mais pressão sobre a inflação.

Na videoconferência com a Fiesp, o ministro afirmou que apesar das críticas em relação à medida que trata da privatização da Eletrobras, aprovada nesta semana, o saldo é “vastamente positivo”.

“Não vamos chorar muito pela Eletrobras porque a meta de liberalização do mercado de energia continua e nós vamos chegar lá”, afirmou.

Guedes ainda afirmou que patamar de equilíbrio do câmbio possivelmente está abaixo do valor atual. Nesta terça-feira (22), o dólar fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em um ano. “Eu acho que vai descer bem mais à medida em que todo mundo perceber que a politica é consistente”, disse. 

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Governo fará racionamento para evitar apagão de energia, diz Lira https://tododia.com.br/brasil-mundo/cotidiano/governo-fara-racionamento-para-evitar-apagao-de-energia-diz-lira/ Wed, 23 Jun 2021 01:04:32 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/06/22/governo-fara-racionamento-para-evitar-apagao-de-energia-diz-lira/ Segundo Lira, o diagnóstico foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em uma reunião na semana passada  Entre as ações está um possível “programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica ( Foto: Agência Brasil) O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira (22) que o Brasil terá que […]

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Segundo Lira, o diagnóstico foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em uma reunião na semana passada 

Entre as ações está um possível “programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica ( Foto: Agência Brasil)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira (22) que o Brasil terá que passar por um “período educativo” de racionamento de energia para evitar uma “crise maior”.

Segundo Lira, o diagnóstico foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em uma reunião na semana passada.

“O ministro Bento esteve comigo fazendo uma análise do cenário, garantindo que não vamos ter nenhum tipo de apagão, mas vamos ter que ter um período educativo aí de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior”, afirmou Arthur Lira.

Em 2001, penúltimo ano do governo Fernando Henrique Cardoso, o país sofreu uma série de apagões e teve de passar por um forte racionamento. Quem não economizava luz, dentro de uma cota por consumidor, pagava mais caro pela conta no fim do mês.

De acordo com o presidente da Câmara, o governo já está em tratativas com o STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar a judicialização de uma medida provisória que está sendo gestada pelo governo.

“Ele esteve na residência oficial na semana passada, com perspectivas de que estavam tratando de alguma medida para isso, negociando inclusive dentro do Supremo [Tribunal Federal] para ter segurança jurídica sobre qualquer medida que pudesse vir a anunciar”, disse Lira aos jornalistas, após participar de um evento no Palácio do Planalto ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

O governo trabalha no texto de uma medida provisória que dá poderes para um comitê interministerial interferir na gestão de hidrelétricas e cria as bases para um eventual racionamento de energia.

Com a pior seca dos últimos 91 anos e os reservatórios nos níveis mais baixos das últimas décadas, o MME (Ministério das Minas e Energia) prepara esta MP para pavimentar o caminho de medidas emergenciais que podem ser necessárias para um cenário de agravamento da crise hidrológica ainda no segundo semestre deste ano.

Entre as ações está um possível “programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica”.

Bento Albuquerque e Arthur Lira tiveram um encontro em 15 de junho. Eles debateram a possibilidade de racionamento de energia e encarecimento da conta de luz no país. 

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Desmatamento na Amazônia e mudança climática agravam crise hídrica, dizem especialistas https://tododia.com.br/brasil-mundo/cotidiano/desmatamento-na-amazonia-e-mudanca-climatica-agravam-crise-hidrica-dizem-especialistas/ Sat, 19 Jun 2021 00:21:46 +0000 http://localhost/projeto/portal/portal_todo_dia/www/2021/06/18/desmatamento-na-amazonia-e-mudanca-climatica-agravam-crise-hidrica-dizem-especialistas/  Durante o verão, não choveu o suficiente para encher reservatórios de importantes usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste do país De janeiro a maio, os avisos de desmatamento na Amazônia Legal alcançaram área de 2.547,7 km², alta de 25% em relação a igual período do ano passado ( Foto: Agência Brasil) O fenômeno natural […]

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 Durante o verão, não choveu o suficiente para encher reservatórios de importantes usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste do país

De janeiro a maio, os avisos de desmatamento na Amazônia Legal alcançaram área de 2.547,7 km², alta de 25% em relação a igual período do ano passado ( Foto: Agência Brasil)

O fenômeno natural La Niña ajuda a entender, mas não explica toda a crise hídrica que ameaça o setor elétrico no país, indicam especialistas. Segundo eles, a escassez de chuvas também pode ser associada a questões como a mudança climática provocada pelo aquecimento global e até o desmatamento na Amazônia.

Durante o verão, não choveu o suficiente para encher reservatórios de importantes usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste do país. A situação exige o acionamento de térmicas, que custam mais caro e elevam o preço da energia para os brasileiros.

O La Niña é visto como um dos motivos da crise porque afeta a distribuição de chuvas. No país, esse fenômeno costuma provocar estiagem no Centro-Sul, justamente onde estão os principais reservatórios para geração de energia.

“O fenômeno é causado pelo resfriamento das águas superficiais do Pacífico Equatorial, na região da costa do Peru. Quando as águas estão mais frias do que o normal, geram uma alteração na circulação de ventos e umidade. Na região Centro-Sul do Brasil, a tendência é de estiagem”, sinaliza Renata Libonati, professora do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Renata também vê, na crise hídrica, reflexos do desmatamento da Amazônia. É que a região, lembra a professora, exerce papel importante em fluxos de umidade que levam chuvas para Centro-Oeste e Sudeste. Esses processos ocorrem por meio dos chamados rios voadores da Amazônia.

“A floresta funciona como uma bomba que suga a umidade do oceano Atlântico. Essa umidade entra na Amazônia, causando chuva. A floresta acaba gerando mais umidade, que é carregada por ventos até a Cordilheira dos Andes. A umidade bate na cordilheira, faz uma espécie de curva e volta para o Centro-Sul. Estudos demonstram que o grande desmatamento altera essa fonte de umidade”, diz.

De janeiro a maio, os avisos de desmatamento na Amazônia Legal alcançaram área de 2.547,7 km², alta de 25% em relação a igual período do ano passado. Os dados aparecem no sistema de monitoramento Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) também indica piora no quadro. Conforme o instituto, uma área de floresta quase do tamanho do município do Rio de Janeiro foi desmatada apenas em maio. O Imazon detectou 1.125 km² de desmatamento no período, maior saldo da série histórica para o mês nos últimos dez anos.

Paulo Artaxo, estudioso da Amazônia há 37 anos e doutor em física atmosférica pela USP (Universidade de São Paulo), avalia que as perdas registradas na floresta podem ter impacto na seca deste ano, assim como o La Niña. Outro possível fator para a escassez de chuvas é o aquecimento global, lembra o pesquisador.

“Todos os modelos climáticos preveem redução nas precipitações com o aumento da temperatura no Brasil central. O aumento da temperatura altera a circulação atmosférica. Isso, por sua vez, altera as trajetórias de massas de ar que poderiam trazer vapor de água”, diz o pesquisador.

“Com a elevação da temperatura, há aumento da incidência de eventos extremos, como grandes cheias e grandes secas”, acrescenta.

O meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de operações e modelagem do Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), também elenca mais de um fator para explicar as dificuldades hídricas. Segundo ele, o Brasil registra chuvas abaixo da média desde 2014. Neste ano, diz, o quadro foi agravado pelo impacto do La Niña.

Seluchi concorda com a ideia de que o aquecimento global e o desmatamento de diferentes biomas podem agravar a situação.

“A chuva precisa de umidade para ocorrer. Se você modifica o solo, substitui florestas, desmata nascentes de rios, tudo isso causa mudança de umidade. Não há como dizer qual o percentual de cada fator nesse processo [crise hídrica]. Há uma combinação de coisas”, analisa o meteorologista do Cemaden, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

A doutora em meteorologia e professora da Unifei (Universidade Federal de Itajubá) Michelle Simões Reboita diz que as projeções apontam aumento nos períodos secos sobre a região da bacia do rio Paraná.

A região, conhecida como a caixa d’água do setor elétrico pela grande quantidade de hidrelétricas com reservatórios, viveu no último ano a pior seca da sua história e está hoje com cerca de 30% de sua capacidade de armazenamento de energia.

“A gente tem observado que os ventos que vão do oceano para o norte do Brasil vão enfraquecer no clima futuro. Se enfraquecem, levam menos umidade para o continente”, diz ela. “Com a Amazônia mais seca, não tem esse transporte de umidade, que conhecemos como rios voadores. E isso impacta o Sudeste.”

Com a perspectiva de menores chuvas, a operação do setor elétrico terá que mudar, diz a doutoranda em Engenharia Elétrica pela Unifei Cássia Akemi Castro Kuki. As chamadas energias renováveis intermitentes, como eólica e solar, têm que ganhar mais espaço, substituindo o papel hoje feito pelas hidrelétricas.

Ao invés de garantir a geração de energia na base, as hidrelétricas passariam a atuar como fontes complementares, gerando energia para cobrir a parte da demanda que não pode ser atendida por eólicas e solares nos períodos de menos vento e sol.

Nesse sentido, ela diz que a rede de transmissão de energia do país precisa de ampliações, para permitir maior transferência de eletricidade entre as regiões. A fonte eólica, por exemplo, tem grande potencial no Nordeste e no Sul.

Mesma visão tem o ex-presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) Luiz Eduardo Barata. Para ele, com a expansão das energias renováveis, os reservatórios das hidrelétricas tendem a voltar a encher -a última vez em que terminaram o período de chuvas acima dos 80% foi em 2011.

A perspectiva de menos água é foco de diversos estudos no setor, inclusive considerando que a redução dos reservatórios deve ampliar os conflitos pelo uso das águas e, consequentemente, restrições à operação de hidrelétricas.

A EPE (Empresa de Planejamento Energético) considera esse um dos principais desafios no planejamento futuro da expansão do setor, já que as projeções dependem de uma perspectiva realista de quanta energia as hidrelétricas poderão gerar no futuro. 

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