sábado, 20 abril 2024

21 anos de prisão: Justiça condena Padre Leandro por abuso sexual

 Religioso foi condenado hoje pela Justiça de Araras

O Ministério Público acusou Padre Leandro de abusar de ex-coroinhas, entre os anos de 2003 e 2006, enquanto atuava na Paróquia São Francisco de Assis, em Araras (Foto: Divulgação/Diocese de Limeira)

O padre Pedro Leandro Ricardo foi condenado hoje (19) pelo crime de abuso sexual contra menores. A decisão da Justiça de Araras condenou o religioso, que já foi reitor da Basílica de Santo Antônio, em Americana, a 21 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. Padre Leandro poderá responder em liberdade. A decisão é do juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira. A defesa do religioso diz que as provas foram “ignoradas” e recorrerá da decisão.

A Promotoria acusou padre Leandro de abusar de quatro ex-coroinhas, entre os anos de 2003 e 2006, enquanto atuava na Paróquia São Francisco de Assis, em Araras.  A Justiça, porém, julgou e condenou crimes cometidos a partir de 2002. 

Paulo Sarmento, advogado de padre Leandro, disse que vai recorrer da decisão judicial. “A princípio a gente vai recorrer da decisão. A sentença simplesmente ignorou todas as provas da defesa. Ela possui falhas e vamos recorrer da sentença”, disse Sarmento. “A sentença, guardado o respeito ao Magistrado é carente de fundamentação e não teceu linha acerca das provas produzidas pela defesa, sendo assim desconexa da verdade. Iremos recorrer da mesma com a certeza de sua reforma junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, comprovando a inocência de nosso cliente”, completou.

Em março, padre Leandro foi expulso da Igreja Católica. À época, em entrevista ao TODODIA, padre Leandro afirmou que não concordava com a decisão de seu desligamento da Igreja Católica. Ele diz que está sendo “perseguido” por membros da Diocese de Limeira e que não teve o direito de defesa respeitado. Leandro se recusou a assinar o decreto de demissão.

Segundo o pároco, sua expulsão da Igreja não seria uma decisão do Vaticano, mas uma posição unilateral do atual bispo Dom José Roberto Fortes Palau, resultado de uma nova denúncia, que classificou como “forjada”.

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