quinta-feira, 18 abril 2024

Aguapés estão secando na Represa do Salto Grande

Aguapés estão morrendo na Represa do Salto Grande, em Americana. As plantas aquáticas, que tomaram 275 dos 1200 hectares do espelho d’água do reservatório, começaram a secar em diversos pontos da barragem.

As plantas secas estão espalhadas por toda a represa e uma parte significativa delas se concentra nas áreas mais próximas ao trecho em que a CPFL Renováveis retomou a remoção mecânica das plantas aquáticas, no último dia 6. Ontem, o prefeito Omar Najar (MDB) foi comunicado do início das atividades de remoção.

A causa da morte das plantas aquáticas permanece um mistério para a CPFL, que vai enviar um especialista ao local para apurar o que estaria acontecendo.

O encarregado desta missão é o professor Robinson Pitelli, agrônomo pós-doutorado pela Universidade da Flórida e pela USP (Universidade de São Paulo. É ele o consultor contratado pela CPFL para estudar o comportamento das macrófitas no local durante um ano, até o fim de janeiro de 2019, e propor um plano de manejo adequado à realidade local.

Pitelli deve visitar a represa ainda esta semana. “Só dá pra saber olhando de perto. Vi fotos, mas não estavam tão boas”, declarou.

O professor é considerado um dos maiores especialistas brasileiros em plantas aquáticas e chegou a discutir a morte das macrófitas com o gerente de Meio Ambiente da CPFL Renováveis, Daniel Daibert.

O aspecto ressecado das plantas chamou a atenção de quem frequenta a Praia Azul, como a do morador Fabiano Bié, proprietário de um quiosque no local. Ele, que geralmente é chamado para auxiliar barqueiros e caiaqueiros encalhados no mar de aguapés, ficou surpreso com o fato. “Nunca tinha visto isso assim”, disse.

Quem também notou a mudança foi o fundador da Associação Barco Escola da Natureza, João Carlos Pinto. A entidade deixou de fazer as navegações educativas há cerca de três meses, depois que a embarcação foi cercada pelas macrófitas.

“Pode ser a competitividade de uma com as outras. Quando há muita proliferação, isso acontece. Foi a explicação que consegui achar”, ponderou.

A CPFL Renováveis foi procurada, por meio de sua assessoria de imprensa, para tentar explicar a presença de macrófitas secas na represa e informou que está verificando o caso.

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