quinta-feira, 18 abril 2024

Área têxtil busca ampliar competitividade do setor

Lideranças da indústria e de trabalhadores do setor têxtil encaminharam pessoalmente na última quinta-feira ao governador João Doria (PSDB) uma série de sugestões de medidas para melhorar a competitividade do segmento. Entre a pauta de solicitações está a inclusão das cidades de Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré no “polo de desenvolvimento econômico” do setor têxtil – um dos 11 polos no Estado anunciados pelo governo no último dia 23, mas que na região incluiu apenas Americana como parte do polo denominado “têxtil, vestuário e acessórios”, ao lado das cidades de São Carlos, Campinas, Itapetininga, Sorocaba, São Paulo e Região Metropolitana, além do Vale do Paraíba.

A intenção do governo estadual com a criação dos novos polos de desenvolvimento é otimizar as políticas públicas voltadas à indústria, principalmente através da integração das cadeias produtivas, financiamento competitivo, desburocratização, além de simplificação tributária e pela qualificação da mão-de-obra. “Os demais municípios de nossa base (Santa Bárbara, Nova Odessa e Sumaré) também são fortes representantes na cadeia produtiva têxtil. Por isso protocolamos essa solicitação ao governador para que nossa região esteja incluída no Polo de Desenvolvimento Têxtil e todas as cidades de nossa base recebam os mesmos estímulos anunciados pelo Estado”, divulgou o presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias de Tecelagem, Fiação, Linhas, Tinturaria, Estamparia e Beneficiamento de Fios e Tecidos de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré), Dilézio Ciamarro.

As sugestões do setor foram entregues na quinta-feira, em audiência com o governador, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Além do presidente do Sinditec, assinaram também o documento ao governador os presidentes do Sinditêxtil-SP, Luiz Arthur Pacheco, do Sindivestuário, Ronald Masijahdo Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Santa Bárbara d´Oeste, Cláudio Peressim, do Sintratêxtil, Sérgio Marques, da Abrafas (Associação Brasileira de Produtores e Fibras Artificiais), Renato Boaventura, e do Sindicato dos Mestres e Contramestres de São Paulo, Jorge Ferreira.

Também participaram da audiência no governo o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Pimentel, o economista Haroldo Silva, também da Abit, além da secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da Silva. Segundo Dilézio Ciamarro, Doria recebeu a proposta “com bons olhos”.

REIVINDICAÇÕES

Entre as demais sugestões apresentadas a Doria está a necessidade de ampliar a concessão do benefício do crédito outorgado de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) para insumos ainda não contemplados, como é o caso do algodão.Outro ponto destacado pelo presidente do Sinditec refere-se ao custo de energia, envolvendo gás natural e GLP (gás liquefeito de petróleo). Para ele, é preciso equalizar a taxa destes custos de produção para torná-la competitiva nacional e internacionalmente, permitindo a concorrência no mercado global.

Outras reivindicações foram a adoção de um sistema de concorrência igualitário com outros Estados da Federação, a possibilidade de utilizar créditos acumulados do ICMS para o pagamento de fornecedores e uma ação de combate à informalidade à sonegação fiscal. “São assuntos que precisam de uma interferência do governo. Estamos confiantes em ações positivas a partir dessa reunião”, comentou Dilézio Ciamarro

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