O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), definiu ontem o nome do diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, como novo ministro da Educação. O educador foi sondado na semana passada e aceitou o convite em conversa com o capitão reformado.
Ele chegou a ser sondado pelo presidente Michel Temer para o cargo, mas na época recusou. No passado, foi secretário da Educação de Pernambuco, na gestão de Mendonça Filho (2003-2006), antigo ministro do governo Temer.
O desejo de Bolsonaro era ter à frente da pasta a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, mas ela demonstrou resistência em assumir o posto.
Na semana passada, em um encontro sigiloso, Viviane e Mozart se reuniram com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Após a reunião, Mozart chegou a negar à Folha de S.Paulo que tivesse havido sondagem para o cargo ministerial.
A nomeação representa um ponto para a deputada eleita Joyce Hasselmann, que foi quem apresentou Viviane a Bolsonaro.
O nome de Viviane era estudado para assumir a pasta da Educação na gestão Bolsonaro. Ainda durante a campanha, ela visitou Bolsonaro em sua casa, no Rio de Janeiro.
Viviane é irmã de Ayrton Senna, piloto tricampeão brasileiro de Fórmula 1 que morreu em acidente em maio de 1994 enquanto competia na Itália.
Viviane se reuniu com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em uma agenda secreta, fora do escritório da transição. A reunião teve a participação de Mozart Neves Ramos.