Anvisa autorizou o início da segunda etapa dos testes em dezembro
O centro de pesquisa Azidus, localizado em Valinhos, abriu cadastro para quem deseja ser voluntário nos testes da vacina ButanVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan contra a Covid-19. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o início da fase dois dos testes em dezembro.
Após a autorização, o Butantan informou que o imunizante seria testado como dose de reforço em voluntários nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia.
De acordo com a Azidus, o objetivo é que o imunizante seja incluído como dose de reforço no Calendário Nacional de Vacinação em 2024.
No total, 68 voluntários vão ser selecionados nesta primeira etapa de testes. Na segunda, serão mais 332 pessoas.
Os critérios do laboratório para participar são:
– Ser saudável e ter a partir de 18 anos;
– Ter recebido a quarta dose da vacina contra a Covid-19 há mais de quatro meses;
– Ter disponibilidade para comparecer ao laboratório por sete vezes no período de um ano.
Para inscrição, os interessados devem preencher um formulário no site oficial do laboratório ou pelo Whatsapp (19) 99527-2721. O local disponibiliza o telefone (19) 3829-6160 para tirar dúvidas em horário comercial.
Testes da primeira e segunda etapa no Brasil
Nesta fase, 400 voluntários em todo o país receberão ou uma dose de reforço de ButanVac ou uma de Pfizer – 50% dos participantes serão idosos. A pesquisa vai determinar a imunogenicidade da vacina, ou seja, se ela é capaz de provocar uma resposta imune ao vírus.
Na segunda etapa, quatro mil voluntários, sendo 20% idosos, vão participar da pesquisa. Na última fase, o Butantan vai verificar a eficácia da vacina enquanto dose de reforço.
De acordo com a Azidus, a equipe que executa os testes clínicos fará ligações periódicas para os voluntários para saber como estão se sentindo, além disso, as pessoas farão as sete visitas programadas ao laboratório.
Sobre a ButanVac
A vacina foi anunciada em março de 2021, pelo Instituto Butantan, como uma alternativa brasileira e mais barata para imunizar a população contra a Covid-19. O imunizante tem uma tecnologia conhecida como “produção por inoculação em ovo embrionado”.
O processo é o mesmo da produção da vacina contra a Influenza, por conta disso, a fábrica já existente no Butantan é capaz de produzi-la em escada industrial e sem necessidade de investimentos em infraestrutura.
