sexta-feira, 19 abril 2024

Cirurgias eletivas são suspensas na Unimed

O Hospital Unimed de Americana suspendeu por tempo indeterminado as cirurgias eletivas na unidade. Trabalhando com o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) triplicado – todos ocupados – o hospital tem hoje 72% de toda sua estrutura voltada a pacientes com Covid-19, sendo mantida apenas a ala de ginecologia, UTI neonatal e obstetrícia.

As informações constam em um documento encaminhado pela Unimed ao Ministério Público, ao Judiciário e à Uvisa (Unidade de Vigilância Sanitária) de Americana.

De acordo com o documento, o hospital possui o registro de nove leitos de UTI, que era a capacidade normal da unidade antes da pandemia. Há seis meses, a taxa de ocupação desses leitos é de 100%. Diante da demanda por mais leitos, o hospital tem aberto mais unidades para seus conveniados e, no início desse mês, suspendeu atendimento particular.

Os nove leitos se tornaram atualmente 32, que estão ocupados. Além disso, os 30 leitos sem respiradores da unidade também estão ocupados. No documento, a Unimed afirma que as alas de UCI (Unidade de Cuidados Intensivos) e do “hospital dia”, ambas consideradas de enfermaria, foram transformadas em alas de Covid.

No dia 18 de março, ainda com a demanda por leitos aumentando, o hospital iniciou a transformação do Centro Cirúrgico em uma ala de UTI Covid. Na ocasião, o hospital ainda aguardava a chegada de equipamentos para isso. Com isso, suspendeu as cirurgias eletivas, ou seja, todas aquelas possíveis de postergação de agendamento e que não tenham forte possibilidade de causar agravamento da enfermidade a curto prazo em termos de risco de vida.

No documento, membros da direção da Unimed afirmam que a crise provocada pela pandemia é “sem precedentes”, que a situação “só piora a cada dia” e é o “maior colapso já vivenciado na Saúde”, e concluem pedindo, diante do cenário demonstrado, que não sejam encaminhados pacientes que precisem de procedimentos eletivos ao hospital.

A Unimed informou em nota que a medida faz parte de seu plano de contingência para atendimento dos casos de Covid-19. Ressalta também que se trata de uma decisão temporária, motivada pelo cenário crítico da pandemia, destinada exclusivamente ao hospital de Americana e que não afeta os atendimentos de urgência e emergência, que seguem preservados.

A cooperativa reforçou que não tem medido esforços para prosseguir com os atendimentos de seus beneficiários, mesmo diante do agravamento da pandemia, e reforça a importância da população seguir com os cuidados sanitários e seguir o plano de vacinação.

AMERICANA

O cenário de 100% de ocupação de leitos de UTI do Hospital Unimed se repete também nos outros dois hospitais particulares da cidade. O São Lucas segue com 15 leitos ocupados e o São Francisco, com 12. Apenas o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi tem leitos de UTI vagos na cidade: três de 21. Dos 80 leitos abertos no município, portanto, 77 estão ocupados.

Já entre os leitos de enfermaria, a situação é ligeiramente melhor: são 101 leitos, sendo 93 ocupados. Há quatro vagos no São Lucas e quatro vagos no São Francisco.

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