sexta-feira, 19 abril 2024

Demanda para 2ª dose com AstraZeneca deve ser de 8,5 mil até dia 22

Prefeitura de Americana diz que ainda não faltam vacinas da marca e que usará Pfizer caso necessário 

Vacinação | Americana aplicou ontem mais 3.224 doses e total agora é de 297.960 (Foto: Prefeitura de Americana/ Diuvlgação)

Americana retomou ontem o agendamento para aplicação da segunda dose da vacinação contra a Covid-19, incluindo a população que foi imunizada com a AstraZeneca. De acordo com a prefeitura, ainda não há falta da vacina desenvolvida em parceria entre a Fiocruz e Universidade de Oxford, a exemplo do que tem ocorrido em diversos municípios paulistas. Caso isso aconteça, a Secretaria de Saúde deve seguir orientação do Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde e usar doses da Pfizer para completar a imunização dos adultos que estão no prazo (12 semanas após a primeira dose, mesmo tempo previsto para ambos os imunizantes).

“No momento, o quantitativo de AstraZeneca permite o andamento das aplicações e, se for necessário, será feita a substituição. A Prefeitura prevê que até 22 de setembro haverá 8,5 mil pessoas para aplicação da AstraZeneca”, informou o Executivo ao TODODIA.

USO EMERGENCIAL
São Paulo oficializou ontem que deverá usar a Pfizer como segunda dose em quem teve a primeira dose de AstraZeneca, de forma “excepcional e emergencial”.

O governo estadual diz que há um atraso no envio das vacinas da AstraZeneca para o estado, causando a falta do imunizante, defendendo que já deveriam ter sido disponibilizadas mais um milhão de doses para a segunda fase da imunização desde 4 de setembro.

O Ministério da Saúde contesta essa informação e diz que o estado usou para primeira dose parte do estoque que deveria ser reservada para a segunda aplicação. Ainda segundo o ministério, foram enviadas para São Paulo 12,4 milhões de doses para primeira aplicação e 9,2 milhões de doses para a segunda etapa. Porém, de acordo com a pasta, o estado fez 13,99 milhões de aplicações de primeira dose.

No último domingo, foram desembarcados no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, 5,1 milhões de doses da Pfizer/ BioNTech. Essa é a maior remessa já entregue pela farmacêutica em um dia desde o começo da campanha de vacinação.

Vacinar com fabricantes diferentes é seguro

Antes não podia, mas agora pode? O uso de vacinas de fabricantes diferentes deixou a população confusa e desconfiada. Mas, assim como o vírus, a ciência também evoluiu durante a pandemia. Isso permitiu a ampliação de testes e informações. É o que defende a infectologista Raquel Silveira Bello Stucci, professora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Ela explica que a vacinação foi iniciada em dezembro de 2020 no Reino Unido. Logo, o mundo completa nove meses de vacinação, período em que várias informações científicas surgiram e demonstram que fazer a imunização com fabricantes diferentes é uma forma segura de se vacinar. “Logo no início, nós, especialistas, defendíamos que não deveria ser feita a vacinação com laboratórios diferentes, colocamos como um risco porque não existiam evidências, trabalhos que mostrassem que fosse seguro e eficaz. Após nove meses de vacinação, já temos segurança para o uso de fabricantes diferentes e sabemos que essa medida traz muita proteção para as pessoas. Portanto, elas podem sim receber a vacina de laboratórios diferentes com toda a tranquilidade e a certeza de que não há aumento do risco de reação e de que ficarão protegidas contra a Covid-19”. 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também