quinta-feira, 18 abril 2024

Escândalo do MEC: Câmara tem protesto e rejeita investigação contra Leitinho

Evento do MEC em Nova Odessa é alvo de denúncias sobre suposto pedido de propina

A manifestação ocorreu durante uma votação de abertura de CP (Comissão Processante) para investigar se haveria ligação do governo do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD) – (Foto: Rafael Rezende)

Manifestantes protestaram nesta segunda-feira (27) na Câmara de Nova Odessa contra um suposto pedido de propina por um evento do MEC (Ministério da Educação) realizado em agosto do ano passado na cidade.

Conforme o TODODIA mostrou no domingo (25), o empresário de Piracicaba José Edvaldo Brito afirmou à PF (Polícia Federal) que o pastor Arilton Moura solicitou a quantia de R$ 100 mil para realizar o chamado Gabinete Itinerante em Nova Odessa com a presença do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

A manifestação ocorreu durante uma votação de abertura de CP (Comissão Processante) para investigar se haveria ligação do governo do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), com o escândalo do MEC, acusado de transformar a destinação de verbas da pasta em um balcão de negócios. A proposta foi rejeitada pela maioria dos vereadores.

“Ver que a Câmara tem uma acusação plausível e gravíssima em mãos contra o prefeito e não caber investigação de cassação é um tapa na cara do novaodessense”, disparou o empresário Maicon Amadeu Gonçalves, que participou da manifestação na Câmara. A abertura da CP só teve o voto favorável de dois vereadores entre os nove parlamentares. Votaram pela abertura da CP os vereadores Silvio Natal (Avante) e Wagner Moraes (PSDB).

O “Gabinete Itinerante” sediou reunião do ex-ministro com prefeitos para pleitear recursos federais para suas cidades. A denúncia do esquema de corrupção no Ministério da Educação levou à prisão, na última semana, do ex-ministro e de outros quatro suspeitos. Eles já foram soltos.

Em nota, a Prefeitura de Nova Odessa divulgou que não pagou qualquer valor a pastores ou servidores federais pela realização do evento oficial do MEC na cidade em agosto do ano passado. “O custo para o Município foi praticamente nulo, com exceção do coffee break para as autoridades visitantes”, disse. A prefeitura frisou que nem o prefeito, nem o secretário de Educação receberam qualquer pedido de vantagem indevida antes, durante ou depois do evento do Ministério da Educação na cidade.

(Foto: Rafael Rezende)

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