Ainda repercute o ocorrido numa creche na cidade de Blumenau, em Santa Catarina. O medo e a insegurança pairam no ar
Por Ailton Gonçalves Dias Filho
Pastor Presbiteriano da Igreja Presbiteriana Central
Os entes federativos se movimentam tentando planejar maior segurança nas unidades escolares. As escolas particulares, de igual modo, fazem o mesmo. O objetivo é o mesmo: evitar que uma situação semelhante se repita.
Pessoalmente, fiquei chocado com os ventos que vieram do sul. Ainda mais, por serem crianças as vítimas. O assassino deve ser tratado como um doente mental e não pode usufruir do convívio da sociedade. Sua psicopatia faz dele um indivíduo perigoso para os demais.
Tento imaginar os pais mandando seus filhos para a escola. Ou, imaginar o medo dos próprios alunos, na insegurança que se instalou no país em suas inúmeras escolas. Creio que é preciso manter a calma e o equilíbrio, não permitindo que o momento instaure uma neurose coletiva.
Alguma coisa precisa ser feita. Mas, com calma e serenidade, para não transformar o ambiente de nossas escolas em uma tensão contínua que, certamente, atrapalhará o objetivo das mesmas. A escola deve ser um ambiente de prazer. O aprendizado deve ser prazeroso e saboroso. O saber tem sabor. Tenho saudades das escolas da minha infância. Da inocência que pairava nos grupos escolares de outrora. Da hora do “recreio”, da merenda e da cumplicidade de cada colega.
A solução da questão, a longo prazo, passa pelo cuidado da família, do olhar atento dos pais. Hoje, já não podemos ver como absurda a presença de seguranças nas escolas e arredores dela. Os policiais militares, os guardas civis, a direção da escola, os professores, enfim, todos olhando para a mesma direção e objetivo. Que a paz reine em cada unidade escolar do nosso vasto país. Havendo paz, haverá aprendizado, permitindo que a escola cumpra sua relevante função social.
Sem neuroses e com o equilíbrio de todos, nossas escolas continuarão sendo templos da virtude e masmorras aos vícios.
É isso!